CONSTÂNCIA
Tinha quinze anos quando me apaixonei pela primeira vez.
Ela tinha também quinze anos.
Tinha vinte e doi anos quando me apaixonei pela segunda vez.
Ela tinha quinze anos.
Tinha quarenta e sete anos quando me apaixonei pela terceira vez.
Ela tinha quinze anos.
Tenho sessenta e três anos e apaixonei-me pela quarta vez.
Ela tem quinze anos.
Não sei porque é que agora começaram a chamar-me libidinoso!
João Viegas
in: "O galo de Barcelos ao Poder", Moraes Editora-1983
Ajuda alimentar chega ao Afeganistão Foto@EPA/S. Sabawoon Uma mulher afegã aguarda no Campo de Refugiados das Nações Unidas, para receber ajuda alimentar em Cabul, no Afeganistão. Tempestades de neve e temperaturas de 20 graus Celsius abaixo de zero, fizeram a vida difícil aos refugiados. Nota: Foto e notícia retiradas, com a devida vénia do SAPO, Fotos Será que os senhores do MUNDO, não vêem o Mundo com as mesmas objectivas?
Não resisto a deixar Concha Buika, uma vez mais.
Nascida em Palma de Maiorca, no ano de 1972, Concha Buika, é um verdadeiro vendaval de sons!
É esta a proposta que tenho para vos oferecer!!!
Neste início de ano, o insuspeitável Vincent van Gogh, acompanhado pela música de, Edvard Grieg.
Assim, sem mais, MIA COUTO
Para Ti
Foi para ti
que desfolhei a chuva
para ti soltei o perfume da terra
toquei no nada
e para ti foi tudo
Para ti criei todas as palavras
e todas me faltaram
no minuto em que talhei
o sabor do sempre
Para ti dei voz
às minhas mãos
abri os gomos do tempo
assaltei o mundo
e pensei que tudo estava em nós
nesse doce engano
de tudo sermos donos
sem nada termos
simplesmente porque era de noite
e não dormíamos
eu descia em teu peito
para me procurar
e antes que a escuridão
nos cingisse a cintura
ficávamos nos olhos
vivendo de um só
amando de uma só vida
Mia Couto, in "Raiz de Orvalho e Outros Poemas"
Sei que o que aqui vou deixar, pode ser polémico, mas que é uma realidade que não devemos olvidar, também o é.
Cuba é sinónimo de Revolução. Desde 1 de Janeiro de 1959 que a maior ilha das Caraíbas é um marco incontornável para o resto do mundo.
E, precisamente 50 anos depois, a sua influência - apesar de diminuta - não desapareceu de todo.
Muitos de nós crescemos influenciados pela Revolução cubana, pelas façanhas e desventuras dos seus protagonistas.
Para alguns, a Revolução cubana significa uma história de heroísmo, de luta pela liberdade e contra o imperialismo.
Para outros, é justamente o contrário: um símbolo de ditadura e de opressão.
O que é certo é que Cuba desata paixões, e falar do que foi, do que é, e do que será a Revolução de Fidel Castro acaba por ser um verdadeiro desafio.
Para que possam ter acesso a toda a informação, resolvi socorrer-me da BBC, pois o que por cá se pubica, é escasso e deficiente. Esta, pareceu-me a mais consentânea com a realidade.
Esta rúbrica, iniciou-se, tendo por base um evento que se passa na minha terra, ESTREMOZ.
É ele, a "COZINHA DOS GANHÕES" e constitui uma homenagem a um dos seus principais mentores, o Aníbal Falcato Alves, que nos legou entre outras coisas, um livrinho intitulado: " COZINHA DOS GANHÕES" que tem como sub-título: "12 receitas da cozinha alentejana".
Hoje, primeiro dia do ano de 2009, e depois dos desmandos gastronómicos, da noite passada, nada melhor que uma "SOPINHA DE HORTELÃ".
Antes de deixar a receita, transcrevo um depiomento de Carolina Maria Pécurto Véstias, na altura com 54 anos de idade, casada, trabalhadora rural, sabendo ler, natural de S. Bento de Ana Loura.
" Mas eu gostava mais dessas sopas de hortelã.
As que faziam doer os queixos, como dizia o meu sobrinho.
Em sendo sopas de hortelã, dizia: — Oh pai, venha cá ver hoje, que estas são as que fazem doer os queixos.
É que as sopas de hortelã são muito escaldadiças. E o gaiato, que andava sempre a regar milho na herdade da Penuzinha, dizia que lhe faziam doer os queixos."
1 molho de hortelã
3 a 4 dentes de alho
1/2 cebola
4 colheres de azeite
1 ovo
Colorau
Sal
Água
Vinagre
Refogam-se no azeite, a cebola e os alhos, muito bem picados. Quando começam a alourar, junta-se a hortelã, que refoga também um bocado.
Quando a hortelã começa a ficar mole, junta-se o colorau, vinagre, sal e água.
Enquanto ferve, bate-se um ovo e, quase ao arredar, junta-se lentamente ao caldo, mexendo sempre.
Rectifica-se o sal e o vinagre e deita-se este caldo sobre sopas de pão cortadas às fatias e colocadas na terrina que vai servir à mesa.
Esta é a sopa de hortelã de azeite. Há também a mesma sopa, mas de carne.
Então, em vez de azeite, frita-se toucinho às tiras. No pingo obtido, frita-se chouriço às rodelas, farinheira e pode ser também umas rodelas de morcela.
No pingo que fica, refoga-se a cebola, os alhos e a hortelã e depois procede-se da mesma forma, como para o azeite.
A sopa de hortelã é também conhecida por gaspacho fervido. Não tendo, no entanto, nenhuma semelhança com o nosso conhecido gaspacho.
Depois disto tudo, só me resta formular votos de Bom Apetite!!!
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