Já todos sabemos que houve um incêndio no prédio do HOT, que o impede de funcionar.
Sabemos também que o prédio é propriedade da Câmara Municipal e que o ineterrupto funcionamento do HOT CLUBE é, por demais razão para a sua continuidade, naquele local.
Mudá-lo, seria uma machadada, imensa, na história da música em Portugal. Daí o entendermos perfeitamente e apoiarmos a atitude da Direcção, ao não caucionar a mudança para a sala 3 do S. Jorge, ainda por cima com todas as deficiências, em termos de insonorização e o difícil encaixe na programação das duas instituições.
Daqui da "SESTA", apelamos que se meta mãos à obra, e que se restitua, ao HOT CLUBE DE PORTUGAL, o seu berço original, na Praça da Alegria.
Volto ao Zeca Medeiros e a mais uma canção, que nos ofereceu em Faro, na Soc. dos Artistas, no passado dia 5 de Dezembro.
Neste dia, vou aproveitar e deixar um excerto da actuação do Zeca Medeiros, em Faro, no passado dia 5 de Dezembro na Sociedade dos Artistas.
O facto de estar nos Açores, trouxe-me ao conhecimento esta "música de trabalho" de um grupo de mineiros, canadianos.
Gostei tanto, que quero partilhá-la convosco.
Publicou no passado dia 10 o Blog, 100nada um post sob o título: "OS CAVALOS LUSITANOS DOS AÇORES".
Despertou-me logo todo o interesse e, com o desenrolar dos comentários, fui ficando alerta para o que aí viesse e o que se adivinha que venha, não será nada de bom. Aliás basta ir ao Blog referido e ver a sequência das conversas, primeiro os "CAVALOS", corroborada pela notícia do DN que também lá está, em link, e depois pelo aparecimento da Carmen que está a viver, na pele, a realidade de ficar sem nada, se não pagar o que as inenarráveis leis do MAR, implicam.
Aos que duvidam, basta ler, AQUI, pesquisa que a Catarina do, "100 NADA", também teve o cuidado de publicar.
Perante tudo isto, só me resta perguntar:
- Como está o assunto?
- Qual o bapel da, BOX LINES, empresa do império Belmiro de Azevedo, nisto tudo?
- Qual o papel dos Transitárioa", a quem se pagou o frete?
- Qual o papel das Seguradoras?
Estou, siderado, tenho "coisas" para mandar de barco para os Açores, tal como já mandei todo o grosso da minha bagagem, quando me decidi ir para lá viver, e não sei que fazer.
Não terão as autoridades marítimas portuguesas, uma palavra a dizer? Ou lavam daí as suas mãos? E o Governo dos Açores, ao ver delapidado o património dos seus, que poderá fazer?
Gostava de ter e obter, respostas a estas questões, que urgem pois o tempo passa e "OS CAVALOS, TAMBÉM SE ABATEM".
Não resisti a esta descoberta!
Não conhecia, de todo, esta versão de que gosto muito.
Ilha do meu fado
(João Mendonça / Zeca Medeiros )
Esta ilha que há em mim
E que em ilha me transforma
Perdida num mar sem fim
Perdida dentro de mim
Tem da minha ilha a forma
Esta lava incandescente
Derramada no meu peito
Faz de mim um ser diferente
Tenho do mar a semente
Da saudade tenho o jeito
Trago no corpo a mornaça
Das brumas e nevoeiros
Há uma nuvem que ameaça
Desfazer-se em aguaceiros
Nestes meus olhos de garça
Neste beco sem saída
Onde o meu coração mora
Oiço sons da despedida
Vejo sinais de partida
Mas teimo em não ir embora
Tal como na gastronomia, hoje voltamos ao Alentejo e à sua poesia popular.
A de hoje, encerra uma adivinha, veremos quem acerta.
Aproxima-se a época tradicional das matanças, razão porque recordo, com saudade, os tempos em que se matava em casa e que, o "porco", era o sustento da mesma.
Tudo cortado aos bocados num alguidar: tempera-se com sal e alho bem pisado, massa de pimentão, um bom golpe de vinho branco, umas gotas de água, um pouco de colorau e pimenta branca em pó.
Fica nesta molhanga durante um dia ou dois.
Frita-se em banha, muita banha.
O molho não entra na fritura, só o que vier agarrado à carne.
Pode acompanhar com ovos estrelados na dita banha. Se os quiser encapotados, basta pôr uma colher de banha fervente em cima da gema.
Esta carne, se for para ir comendo de vez em quando, não deve ficar muito frita: dê-lhe apenas uma entaladela. Ponha as três qualidades de carne, numa vasilha de barro vidrado e deite-lhe a banha derretida da fritura até as cobrir completamente. Pode ir tirando durante dois ou três meses, sem quaisquer problemas...
O multifacetado, cantautor açoriano "ZECA MEDEIROS", cantou e encantou, na "noite algarvia".
O concerto, foi ontem, 5 de Dezembro, e mostrou-nos um "Zeca", em plena forma, muito bem acompanhado por três excelentes músicos, o portuense Jorge Silva ao piano, acordeão e baixo electrico, o, também açoriano, Gil Alves, com a sua flauta as tumbadoiras e o seu inseparável "glocken spiel" e o universal Manuel Rocha, no violino.
Foi uma noite de encantamento, em que as variadas facetas do Zeca, estiveram sempre presentes, na medida certa e com a contenção que o evento requeria.
Autor, actor, cantor e excelente comunicador, ofereceu-nos um concerto variado, em que, a par de temas já conhecidos, mas sempre novos, porque o Zeca, nunca os apresenta da mesma forma, contou com a presença das "MOÇOILAS", um conjunto feminino, de quatro vozes, que cantam "à capella" e que ontem cantaram com o Zeca, alguns dos seus temas, para lá de nos terem divulgado, dois temas tradicionais do Algarve, sua matriz original.
Para além da beleza que os Açores oferecem a quem os visita, para além da hospitalidade das suas gentes, também é de realçar o extraordinário papel, deste divulgador da cultura açoriana que, apesar de todas as dificuldades e entraves que lhe têm sido colocados, na divulgação da sua extensa e variada obra, não pára de nos surpreender com os seus filmes, as suas músicas, os seus poemas e a sua presença, sempre com a simplicidade e com a entrega, de todos conhecida.
Só nos resta realçar a produtora, "ALGARPALCOS" e todo o esforço e dedicação, que tem colocado, na divulgação de tão prestigiado "ARTISTA" e ao extraordinário público, que teve a felicidade de assistir a este momento ímpar.
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