Por mais que os anos passem, continuas connosco, dando-nos força e alento para suportarmos a reviravolta e encararmos com esperança o amanhã, que será melhor, por certo.
ZECA, aqui deixo, neste dia de saudade um dos poemas que não chegaste a musicar, mas que deve ser divulgado e usado, como toda a tua obra, para nosso contentamento.
« TU MORRES TODOS OS DIAS»
Tu morres todos os dias
libertando telefonemas
diante da minha mágoa
exposta à ira dos dias
levo-te cravos vermelhos
flores recentes de estação
Morres e vais caminhando
sobre uma estrada de fumo
o lume que nos sustenta
Já não cheira não tem vida
Às vezes vens-me à lembrança
descalça ao longo da praia
Vivo terrores de madraço
Com dÃvidas acumuladas
Seguindo de perto o tráfego
Saberei um dia amar-te
Tu morres tu pontificas
eu respiro a tua sombra
Ai repouso do guerreiro
Sobre o abismo repousas
José Afonso
De
Trilby a 23 de Fevereiro de 2007 às 15:37
Obrigada por divulgares textos desconhecidos do Zeca. Importas-te que divulgue lá no meu estaminé?
É esta a verdadeira dimensão do ZECA, fazer amigos.
É este também o dever dos que conheceram e privaram com o ZECA, ele é de todos, logo, divulgá-lo é o mÃnimo que podemos fazer.
Resta-me agradecer a visita e desejar que continuemos na senda da defesa dos valores que nos move.
Já agora convido-vos a ler uma carta que o Zeca escreveu ao filho, quando estava em Caxias, na prisão.
Poderão lê-la em : http://br.geocities.com/portocovo05/alenversos.html
De méri a 23 de Fevereiro de 2007 às 12:39
Não conhecia. Obrigada, Zé Palmeiro
De Joaninha a 23 de Fevereiro de 2007 às 09:53
Uma bonita homenagem, Zé Palmeiro. Que bom ainda haver poesias desconhecidas para saborearmos. Aquele homem era um espanto de riqueza intelectual e cultural. Que falta faz!
De
emiéle a 23 de Fevereiro de 2007 às 08:32
Boa! Bela ideia meu amigo!
É excelente lembrar as facetas variadas deste grande homem, que se sentia pouco à vontade «na berlinda», não apreciava protagonismos, recusou as honras na altura em que finalmente chegaram, e foi tão importante para todos nós quer pela sua música quer pelas suas palavras.
E que bom teres acesso a poemas ainda não conhecidos!
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