Já todos sabemos que houve um incêndio no prédio do HOT, que o impede de funcionar.
Sabemos também que o prédio é propriedade da Câmara Municipal e que o ineterrupto funcionamento do HOT CLUBE é, por demais razão para a sua continuidade, naquele local.
Mudá-lo, seria uma machadada, imensa, na história da música em Portugal. Daí o entendermos perfeitamente e apoiarmos a atitude da Direcção, ao não caucionar a mudança para a sala 3 do S. Jorge, ainda por cima com todas as deficiências, em termos de insonorização e o difícil encaixe na programação das duas instituições.
Daqui da "SESTA", apelamos que se meta mãos à obra, e que se restitua, ao HOT CLUBE DE PORTUGAL, o seu berço original, na Praça da Alegria.
Morreu hoje, 30 de Dezembro, o trompetista de jazz norte-americano, Freddie Hubbard, vencedor de um Grammy, aos 70 anos de idade.
Hubbard morreu num hospital de Sherman Oaks, no noroeste de Los Angeles, um mês depois de ter sofrido um ataque cardíaco.
Durante a sua carreira, de quase 50 anos, Hubbard recebeu o Prémio dos Mestres do Jazz da Instituição Nacional das Artes, em 2006, e tocou com com figuras lendárias como John Coltrane, Ornette Coleman, McCoy Tyner, Art Blakey e Herbie Hancock.
Reconhecido pelo seu estido "hard bop", Hubbard iniciou a carreira em Nova Iorque, em 1958, quando se juntou a jazzistas como Coleman, Coltrane e Erick Dolphy.
Nascido em Indianapolis en 1938, o seu primeiro disco, "Ready for Freddie", editado em 1961, foi um compêndio de colaborações com o saxofonista Wayne Shorter.
Hubbard recebeu um Grammy (1972) para o melhor disco de jazz, mas a sua mestria pode ser ouvida em mais de 300 discos, no total, sendo o último "On the Real Side".
A história que vos proponho, acabei há pouco de a ler etem como intervenientes estes três, imensos, escritores sul-americanos. São eles, Gabriel Garcia Marquez, Júlio Cortazar e Carlos Fuentes, mas, é melhor lerem a notícia.
Literatura: Julio Cortázar, Gabriel García Marquez e Carlos Fuentes viveram "noite irrepetível" em 1968
25 de Setembro de 2008, 17:29
Cidade do México, 25 Set (Lusa) - O medo de viajar de avião proporcionou aos escritores latino-americanos Julio Cortázar, Gabriel García Márquez e Carlos Fuentes viverem em 1968 uma "noite irrepetível" durante uma viagem de comboio que fizeram juntos na Europa central.
A revelação foi feita por García Márquez no prólogo a um livro recentemente publicado pelo Fundo de Cultura Económico (FCE).
Conta o autor de "Cem anos de solidão" que o trajecto Paris-Praga se converteu numa enorme prazer graças a Cortázar, que, a uma pergunta "casual" de Fuentes, respondeu com uma "cátedra deslumbrante" que durou várias horas.
"Viajávamos de comboio, desde Paris (até Praga), porque os três éramos solidários no nosso medo ao avião", recorda "Gabo".
Nessa viagem, que os fez atravessar a então dividida Alemanha, chegou um momento em que os três já tinham "falado de tudo". Foi então que Carlos Fuentes quis saber - e perguntou-o a Cortázar - "em que momento e por iniciativa de quem se tinha introduzido o piano na orquestra de jazz".
"A pergunta - assinala 'Gabo' - era casual e [Fuentes] não pretendia saber mais do que uma data e um nome, mas a resposta foi uma cátedra deslumbrante que se prolongou até ao amanhecer, entre enormes copos de cerveja e salsichas com papas geladas".
"Cortázar, que sabia medir muito bem as suas palavras - lembra o Nobel colombiano -, fez-nos uma resenha histórica e estética com um conhecimento de causa e uma simplicidade incríveis, que culminou às primeiras luzes do dia numa apologia homérica de Thelonius Monk" ((1917-1982), o célebre pianista e compositor de jazz norte-americano.
Cortázar - conta ainda o escritor - "falava, não apenas com uma profunda voz de órgão de 'erres' (R) arrastados, mas também com as suas mãos de ossos grandes, como não recordo outras mais expressivas".
O prólogo de García Márquez vem publicado na obra do mexicano Ignacio Solares intitulada "Imagen de Julio Cortázar", que reúne entrevistas, cartas e testemunhos de escritores e críticos sobre o autor de "Rayuela".