Torna-se-me difícil, nos tempos que correm , escolher notícias que se ma revelem de tão grande interesse e importância, que mereçam relevância.
Hoje, contudo, uma merece-me esta referência, está aqui. Edgar Rodrigues, um nome e uma vida a investigar.
Dir-me-ão, isto não é poesia!
Pois não, mas é a recordação, de um grande pensador português, que por motivos vários tem sido esquecido ou, diria melhor, marginalizado, da cena portuguesa.
Deixo-vos com um antigo professor do "Liceu de Évora".
Figura ímpar, da cultura portuguesa, Eduardo Lourênço, comemorará no próximo dia 23 do corrente, a passagem dos seus 85 anos.
A Fundação Calouste Gulbenkian, decidiu levar a efeito um Colóquio que hoje se iniciou e que se estenderá até ao dia de amanhã.
Porque julgo de todo o interesse a sua divulgação e como não terei oportunidade de estar presente, aqui deixo, para que os meus amigos que possam e assim o desejem, poderem dele ter conhecimento.
Já depois de ter deixado, a notícia acima chegou-me mais esta, que não posso deixar de referir.
De mal, ficaria com a minha consciência, se o não refrisse aqui.
Como me faltam as palavras, vou-me socorrer da Isabel Lucas e da completa notícia que publicou no Diário de Notícias, esta:
dn.sapo.pt/2008/10/04/artes/quando_ria_com_o_rosto_todo.html
SEM PALAVRAS...
No dia em que se completam 120 anos do seu nascimento deixo, a todos os meus amigos e visitantes, um poema de sua autoria, usando o heterónimo de Álvaro de Campos.
Estou cansado, é claro,
Porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
De que estou cansado, não sei:
De nada me serviria sabê-lo,
Pois o cansaço fica na mesma,
A ferida dói como dói
E não em função da causa que a produziu.
Sim, estou cansado,
E um pouco sorridente
De o cansaço ser só isto —
Uma vontade de sono no corpo,
Um desejo de não pensar na alma,
E por cima de tudo uma transparência lúcida
Do entendimento retrospectivo...
E a luxúria única de não ter já esperanças?
Sou inteligente: eis tudo.
Tenho visto muito e entendido muito o que tenho visto,
E há um certo prazer até na cansaço que isto dá,
Que afinal a cabeça sempre serve para qualquer coisa.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. NA DESPEDIDA, DE DINIZ MA...
. FALAVA EU DA LIGA DOS ÚLT...