Foto de José Palmeiro
Neste momento, em que decorre a tentativa de eleição do futuro Presidente da Assembleia da República, nada melhor me sugere o estado em que nos encontramos.
Hoje, vou fazer diferente.
Face aos comentários de, "juju e lala", à minha anterior publicação de pintura rupestre, ocorrida em Fevereiro último.
Acontece que não fiz o reconhecimento do sítio nemsequer a sua proveniência e, têm toda a razão. Não era, no entanto, essa a minha intenção mas antes mostrar o princípio das artes.
Mas tudo bem e em sua homenagem, direi que, foi um prazer ter sido visitado por elas, pena que a identificação tenha sido tão curta, aqui lhes deixo um texto que poderá, julgo eu, ajudá-las a identificar o que, na altura, vos quis transmitir.
Pintura Rupestre
Arte rupestre, pintura rupestre ou ainda gravura rupestre, é o nome que se dá às mais antigas representações pictóricas conhecidas, as mais antigas datadas do período Paleolítico Superior (40.000 a.C.) gravadas em abrigos ou cavernas, em suas paredes e tetos rochosos, ou também em superfícies rochosas ao ar livre, mas em lugares protegidos, normalmente datando de épocas pré-históricas.
Na vida do Homem pré-histórico tinham lugar a Arte e o espírito de conservação daquilo de que necessitava. Estudos arqueológicos demonstram que o Homem da Pré-História (a fase da História que precede a escrita) já conservava, além de cerâmicas, armas e utensílios trabalhados na pedra, nos ossos dos animais que abatiam e no metal. Arqueólogos e antropólogos datando e estudando peças extraídas em escavações conferem a estes vestígios seu real valor como "documentos históricos", verdadeiros testemunhos da vida do Homem em tempos remotos e de culturas extintas.
Prospecções arqueológicas realizadas na Europa, Ásia e África, entre outras, revelam em que meio surgiram entre os primitivos homens caçadores os primeiros artistas, que pintavam, esculpiam e gravavam, demonstrando que o desejo de expressão através das artes é inerente ao ser humano. A cor na pintura já era conhecida pelo Homem de Neandertal. As "Venus Esteatopígicas", esculturas em pedra ou marfim de figuras femininas estilizadas, com formas muito acentuadas, são manifestações artísticas das mais primitivas do "Homo Sapiens" (Paleolítico Superior, início 40000a.C) e que demonstram sua capacidade de simbolizar. A estas esculturas é atribuído um sentido mágico, propiciatório da fertilidade feminina e ao primeiro registro de um sentimento religioso ou de divindade, o qual convencionou-se denominar de Deusa mãe, Mãe Cósmica ou Mãe-terra.
Não é menos notável o desenvolvimento da pintura na mesma época. Encontradas nos tetos e paredes das escuras grutas, descobertas por acaso, situadas em fundos de cavernas. São pinturas vibrantes realizadas em policromia que causam grande impressão, com a firme determinação de imitar a natureza com o máximo de realismo, a partir de observações feitas durante a caçada. Na Caverna de Altamira (a chamada Capela Sistina da Pré-História), na Espanha, a pintura rupestre do bisonte impressiona pelo tamanho e pelo volume conseguido com a técnica claro-escuro. Em outros locais e em outras grutas, pinturas que impressionam pelo realismo. Em algumas, pontos vitais do animal marcados por flechas. Para alguns, "a magia propiciatória" destinada a garantir o êxito do caçador. Para outros estudiosos, era a vontade de produzir arte.
Qualquer que seja a justificativa, a arte preservada por milênios permitiu que as grutas pré-históricas se transformassem nos primeiros museus da humanidade.
A Arte Rupestre é uma maneira de representar a Arte Primitiva.
Acredita-se que estas pinturas, cujos materiais mais usados são o sangue, argila e excrementos humanos, têm um cunho ritualístico.
Estima-se que esta arte tenha começado no Período Aurignaciano (Hohle Fels, Alemanha), alcançando o seu apogeu no final do Período Magdaleniano do Paleolítico.
Uma teoria alternativa e mais moderna quanto ao objectivo destas pinturas, baseada em estudos de sociedades mais recentes de caçadores-coletores, é que as pinturas foram feitas por xamãs do grupo dos Cro-Magnon.
Os xamãs retirar-se-iam para a escuridão das cavernas, entrariam em estado de transe e pintariam, então, imagens de suas visões, talvez com alguma intenção de extrair força das paredes da caverna para eles mesmos. Isso favorece a explicação sobre a antigüidade de algumas pinturas (que freqüentemente ocorrem em cavernas profundas e pequenas) e a variedade dos motivos (de animais de presa a predadores e desenhos de mãos humanas).
Normalmente os desenhos são formados por figuras de grandes animais selvagens, como bisões, cavalos, cervos entre outros. A figura humana surge raramente, sugerindo muitas vezes actividades como a dança e, principalmente, a caça, mas normalmente em desenhos esquemáticos e não de forma naturalista, como acontece com os dos animais. Paralelamente encontram-se também palmas de mãos humanas e motivos abstratos (linhas emaranhadas), chamados por Henri Breuil de macarrões.
Nos sítios espalhados pelo mundo, é padrão encontrar, além dos desenhos parietais, figuras e objetos decorativos talhados em osso, modelados em argila, pedra ou chifres de animais.
As pinturas rupestres eram feitas por causas religiosas ou por crenças que eram: -Quando pintavam o animal nas paredes não era epenas um desenho era a alma do animal que ali iria ficar preso; -Para dar sorte nas caças.
Quando os europeus (mais precisamente Marcelino Sanz de Sautuola) encontraram pela primeira vez as pinturas de Magdalenia da caverna de Altamira, na Cantábria, Espanha, em torno de 150 anos, elas foram consideradas como fraude por acadêmicos.
O novo pensamento darwiniano sobre a evolução das espécies foi interpretado como significando que os primitivos humanos não poderiam ter sido suficientemente avançados para criar arte.
Émile Cartailhac, um dos mais respeitados historiadores da Pré-História do final do século XIX, acreditava que as pinturas tinham sido forjadas pelos criacionistas (que sustentavam a criação do homem por Deus) para apoiar suas ideias e ridicularizar Darwin. Recentes reavaliações e o crescente número de descobertas têm ilustrado a autenticidade das figuras encontradas e indicam o alto nível de capacidade de arte dos humanos do Paleolítico Superior, que usavam apenas ferramentas básicas. As pinturas rupestres podem proporcionar, também, valiosas pistas quanto à cultura e às crenças daquela época.
No entanto, a idade das pinturas permanece, em muitos sítios arqueológicos, uma questão controvertida, dado que métodos como a datação por carbono radioativo podem facilmente levar a resultados errôneos pela contaminação de amostras de material mais antigo ou mais novo, e que as cavernas e superfícies rochosas estão tipicamente atulhadas com resíduos de diversas épocas.
A escolha da datação pelo material subjacente pode indicar a data, por exemplo, da rena na caverna espanhola denominada Cueva de Las Monedas, que foi determinada como sendo do período da última glaciação. A caverna mais antiga é a de Chauvet, com 32.000 anos.
Contudo, como ocorre com toda a Pré-História, é impossível estar-se seguro dessa hipótese devido à relativa falta de evidência material e a diversas lacunas associadas com a tentativa de entender o pensar pré-histórico aplicando a maneira de raciocinar do Homem moderno.
Os sítios mais conhecidos e estudados encontram-se na Europa, sobretudo França e no norte da Espanha, na região denominada franco-cantábrica; em Portugal, na Itália e na Sicília; Alemanha; Balcãs e Roménia. No norte mediterrâneo da África; na Austrália e Sibéria são conhecidas milhares de localidades, porém não tão estudadas, como é o caso do Brasil. Em 2003, pinturas rupestres foram também descobertas em Creswell Crags, Nottinghamshire, Inglaterra.
Gravura rupestre - Vila Nova de Foz Côa - Portugal
Pinturas Rupestres no Cidade de Ivolândia.
Na Europa, as pinturas rupestres mais bem conhecidas são as localizadas em:
Lascaux, França.
La Marche, perto de Lussac-les-Chateaux, França.
Chauvet-Pont-d'Arc, perto de Vallon-Pont-d'Arc, França.
Caverna de Altamira, perto de Santillana del Mar, Cantábria, Espanha.
Caverna de Cosquer, com uma área ao nível do mar perto de Marselha, França.
Font de Gaume, no vale de Dordogne, França.
Caverna de Pech Merle, França.
Em Portugal são conhecidas mais de trezentas localidades de arte rupestre, destacando-se o Complexo do Vale do rio Côa, um dos mais antigos ao ar livre, a gruta do Escoural, fundamental no estudo do Cro-Magnon e Neandertal, e gravuras rupestres como o cavalo de Mazouco. A Anta Pintada de Antelas, em Oliveira de Frades, é um monumento nacional que apresenta as pinturas rupestres melhor conservadas de toda a Península Ibérica.
NOTA: Retirado, com a devida vénia de: www.portalsaofrancisco.com.br
Xarém
Ingredientes:
CONFECÇÃO Lave muito bem as amêijoas, de forma a retirar-lhes todas as impurezas que possam conter. Em seguida, coloque-as de molho em água salgada (de preferência em água do mar), durante 5 a 6 horas. Corte o bacon (ou toucinho) e o presunto em tiras finas e o chouriço em rodelas e frite-os em lume brando. Coza as amêijoas num tacho coberto de água, temperada de sal e pimenta, durante cerca de 10 minutos, escorra a água da cozedura e leve-a a um passador fino. Tire o miolo das amêijoas, coloque-as num tacho, junte o caldo da cozedura, adicione vinho e eleve ao lume, deixando ferver um pouco. Retire do fogo e adicione a farinha, previamente peneirada. Leve novamente ao lume e deixe cozer, mexendo de vez em quando. Junte as carnes e sirva quente. Frequentemente o xarém (termo árabe que designa "papas de milho") é acompanhado por sardinhas assadas, torresmos e carne de porco.
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Há também uma outra versão, mais condicente com a época que atravessamos, porque mais económica.
Papas de Milho com Sardinhas
Ingredientes:
Para 4 pessoas
Confecção:
Limpe as sardinhas de escamas e tripas, com o auxílio de uma faca pequena. Lave em água fria e ponha a enxugar.
Leve um tacho ao lume com cerca de 4 litros de água com sal.
Quando a água levantar fervura, ponha as sardinhas a cozer.
Depois delas cozidas, o que deve demorar cerca de 10 minutos, retire-as para um prato ou travessa.
À parte, noutro tacho, refogue no azeite a cebola bem picada, o tomate cortado em dados pequenos, limpo de peles e sementes, e parte da salsa. Mexa e deixe refogar sem deixar alourar.
Junte cerca de 3 litros do caldo onde cozeu as sardinhas, passado por um passador fino. Deixe ferver. Tempere com sal e pimenta.
Retire o tacho do lume e dissolva a farinha no caldo com o auxílio de dumas varas de cozinha ou colher de pau.
Leve o tacho novamente ao lume e deixe cozer durante cerca de meia hora, mexendo de vez em quando, para não deixar agarrar.
Adicione gotas de vinagre.
Sirva as papas bem quentes acompanhadas das sardinhas, temperadas com azeite e salsa picada.
Conselho: As sardinhas a utilizar deverão ser do tamanho médio. O tomate, de preferência, deve ser bem maduro. Tire o pé e escalde-o em água a ferver, para mais facilmente tirar a pele. Em seguida, corte o tomate ao meio e retire as pevides.
fonte: Região de Turismo do Algarve
NOTA: Só me resta desejar-vos, bom apetite!!!
Maria Augusta Cortes, natural de Ourique-Gare, Castro Verde, foi Educadora de Infância. Já aposentada, tomou contacto com a Pintura Naif e apaixonou-se por esta forma de expressão. Desde 2002 participa regularmente em exposições colectivas na Galeria Verney, em Oeiras.
CEIFEIRAS
Acampamento de ciganos
Sei, à partida, que não será um prato de consenso, mas que é um petisco de primeira, disso não tenho dúvidas!
Uma homenagem aos que gostam.
Para os que não gostam ou lhes faz impressão, comer coisas com sangue, a possibilidade de contactarem com esta realidade.
Lampreia
VILA VELHA DE RODÃO
(antigamente era vulgar neste zona do rio na época da desova)
Confecção:
Corta-se a lampreia em postas, depois de amanhada, para dentro de um tacho. Seguidamente picam-se duas cebolas, dois dentes de alho, adiciona-se um ramo de cheiros com coentros e salsa, um bocadinho de presunto cortado aos pedacinhos, noz moscada, pimenta, louro, bastante azeite e vinho tinto e vai tudo a cozer em lume brando, numa tacho tapado. Depois de guisada, deita-se um pouco de vinagre para o sangue da lampreia (previamente retirado) ao qual se adiciona um pouco de molho retirado do tacho, mexe-se e coloca-se no tacho sempre mexendo. Pode-se acompanhar com arroz branco ou pão torrado em fatias finas.
De novo a pintura naif, hoje pela mão de Luisa Caetano uma artista portuguesa, natural da Venda do Pinheiro (Mafra), amplamente conhecida pelas suas múltiplas apresentações em Mostras e Exposições por todo o Mundo.
Por mim, escolhi a sua visão do meu ALENTEJO!
A desenfreada caminhada para o abismo, levou-me a procurar o Nuno Júdice e fazer "copy paste", deste texto e desta foto.
DIA 30
Álvaro Cunhal regressa a Portugal.
Assim, sem palavras, mas com um grande desejo de acção.
VIVA O 25 DE ABRIL!!!
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