
Hoje, fui ao supermercado Pingo Doçe e comprei um frango. Tudo muito bem embalado, a vácuo, cumprindo todas as normas exigidas, pelo menos, até aqui. O dito, constava na embalagem, era com miúdos.
Chegado a casa, resolvi tratar do bicho, a fim de o cozinhar para o jantar. Retirei de dentro da carcaça, um pacotinho de plástico, contendo os miúdos. Abri-o, e qual não foi o meu espanto, vi-me perante um milagre da natureza: "O frango, tinha dois pescoços!"
Chamo a atenção para a ASAE, para esta situação, merecedora de inspecção, porque representa um logro, gerdor de lucros imerecidos.
Esta situação lembrou-me uma outra, passada há já bastante tempo, quando eu, fiz o meu primeiro serviço, na vida militar, no Regimento de Cavalaria nº 3. Desempenhava o meu papel de Oficial de Prevenção, tendo como Oficial de Dia, um experiente Capitão de Cavalaria, de nome Viriato Manoel d'Assa Castel-Branco. À hora da fiscalização do rancho, dirigimo-nos à cozinha, para conferir os géneros. Deparou-se-nos um cenário semelhante, só que elevado a um expoente, muito mais elevado. Assim, e resumindo, apresentavam-se à inspecção, frangos com vários pescoços e asas, quanto a pernas, essas tinham voado.
Perante tal cenário o referido oficial, teve uma solução magnÃfica e que me ficou para sempre, no sentido. Mandou chamar os responsáveis, pediu-lhes para contarem as carcaças, os pescoços e as asas, feita a contagem, mandou que fossem repostas as carcaças e as patas, em falta. Resultado, nunca vi os soldados comerem tanto e com tanta qualidade, fez-se justiça.