Domingo, 30 de Abril de 2006
Pois é, foi na feira de Beja que ele falou.
Falou e disse que o governo se tinha que entender com os agricultores e que iria interceder para que isso acontecesse.
Devo esclarecer que os agricultores de que Cavaco fala, são os "agrários" de má memória, de antes do 25 de Abril, sim porque os Barretos e Portas, em devido tempo, acabaram com a hipotese de Reforma Agrária, e então, foi um, fartar vilanagem.
Não gosto do Sócrates nem do seu governo, mas tiro o meu chapéu, a um ministro de nome Jaime Silva, que se tem esforçado por colocar alguma ordem na distribuição de dinheiros, que até agora têm sido atribuídos de forma indisciminada e descontrolada.
O presidente, se quer ser de todos, que tenha calma pois está no início e não ganha nada com estas atitudes.
Sugiro ao ministro Jaime Silva que divulgue os nomes daqueles que têm recebido indevidamente subsídios, ou entrando em estratagemas menos licitos.
Nós, o Povo, ficar-lhe-iamos eternamente gratos.
Era uma boa prenda para o 1º DE MAIO, daqueles que carregam nos ombros a responsabilidade de PAGAR, neste país.
Sábado, 29 de Abril de 2006
O direito à indignação leva-me hoje a transcrever um conto de Mário-Henrique Leiria do seu: Contos do Gin-Tónico, e fazer dele uma adivinha.
HISTÓRIA EXEMPLAR
"Entrei.
- Tire o chapéu - disse o Senhor Director.
Tirei o chapéu.
- Sente-se - Determinou o Senhor Director.
Sentei-me.
- O que deseja? - Investigou o Senhor Director.
Levantei-me, pus o chapéu e dei duas latadas no Senhor Director.
Saí."
Transposto para os dias de hoje, pergunto:
- Quem é o Director?
Sexta-feira, 28 de Abril de 2006
Estes dias trazem-me sempre o que de melhor já vivi.
Moçambique é sem dúvida uma das passagens da vida, que trago em permanência no meu coração.
Porque foi nestes dias que tudo se tornou claro, deixo-vos com um poema, publicado na Antologia Breve da Poesia Revolucionária de Moçambique - "AS ARMAS ESTÃO ACESAS NAS NOSSAS MÃOS"
IRMÃO DO OCIDENTE
Irmão do ocidente...
(como explicar-te que és nosso irmão?)
O mundo não acaba à porta de tua casa
nem no rio que limita o teu país
nem no mar
em cuja vastidão às vezes pensas teres descoberto
o sentido do infinito
para além da tua porta para além
do mar
o grande combate continua
homens de olhar quente e mãos
duras como a terra
à noite abraçam os seus filos
E partem ao nascer do sol
muitos não voltaram. Que importa!
Somos homens cansados de algemas
Para nós a liberdade
vale mais do que a vida
de ti, irmão, nós esperamos,
não a mão caridosa
que humilha e mistifica
mas a mão solidária,
cometida, consciente.
Como podes recusar,
Irmão do Ocidente?
FRELIMO - 1973
Quinta-feira, 27 de Abril de 2006

José Medeiros, estará amanhã, 28 de Abril de 2006, na Casa dos Açores, em Lisboa, onde às 21h30, será apresentado o telefilme, de sua autoria, O Sorriso da Lua nas Criptomérias.
Dia 30, será a apresentação, na Casa dos Açores do Norte, na cidade do Porto, pelas 22h00, também com a presença do autor.
O périplo, pelas Casas doa Açores do continente, terminará no dia 3 de Maio, em Faro, na Casa dos Açores no Algarve, ainda em local e hora a indicar, ainda e sempre com a presença do Zeca Medeiros.
As sessões são abertas a todos, aqui fica o convite.
Terça-feira, 25 de Abril de 2006
Socorro-me de José Carlos de Vasconcelos, para evocar o dia que nos trouxe a LIBERDADE.
Este é o primeiro dia
Agora, todo o tempo é nosso!
VIVA O 25 DE ABRIL!
Segunda-feira, 24 de Abril de 2006

Um dos males da nossa democracia é que ainda há alguns que pensam ser donos do Movimento Revolucionário.
Não, não há donos, há intervenientes, e todos têm a sua quota parte nos êxitos e nos inêxitos acontecidos.
Aqui fica mais um testemunho dum Abril que acontece a toda a hora!
Acabei de me reconciliar com o Herman José.
Foi de um altíssimo valor o que, esta noite passou na SIC.
Viva o Batista-Bastos, o Francisco Zambujal, o Paulo de Carvalho, a Gilda, o Diogo Infante etodos os demais convidados e residentes do Herman Sic.
Valeu a pena.
Domingo, 23 de Abril de 2006

CRAVOS EM COMPOSTELA ( A festa galega do 25 de Abril)
Sim também na Galiza se comemora o 25 de Abril, e assim não resisto a transcrever:
"É xa tradicional celebrar o 25 de Abril na cidade de Santiago de Compostela. Um grupo de persoas xuntámonos nas Crechas para lembrar aquela data arredor das músicas máis emblemáticas daqueles tempos. Este ano contamos coa colaboración da Sala Nasa para permitir un maior aforo e participación. Pero non é unha celebración nostálxica porque pensamos que ainda hoxe está vixente para nós o espíritu daquela fermosa revolución e consideramos que é unha maneira de facer patente a simpatía e a proximidade con Portugal. Este ano temos a inmensa sorte de poder contar con Zeca Medeiros (Açores) que traerá das súas illas todo o sabor da cultura atlántica e as súas máis recentes composicións. Tamén contaremos cunha das voces máis fermosas de Galiza e unha presoa ligada á Casa das Crechas: Uxia Senlle.
A festa seguirá coa Banda das Crechas que convidará a distintos artistas de Galiza e Portugal e rematará coa interpretación da todos oa participantes de "Grândola Vila Morena".
MARTES, 25 DE ABRIL ás 22:00 na SALA NASA Entrada: 8 Euros"
Que mais dizer?
Se puder, vou!
Sábado, 22 de Abril de 2006
Ontem, reencontrei-me com o José Mário Branco.
Foi em Faro, no Teatro Lethes, uma jóia de sala, onde esse diamante, que é o Zé Mário, perante uma assistência total, nos reconduzio aos "Caminhos de Abril".
Foi gratificante participar nesta Jornada de Luta.
Num país que tende a esquecer, porque, para quem dirige já tudo está feito, cabe-nos a nós, explorados, demonstrar, dia a dia, hora a hora, que não é assim, que nada está feito, que a direita está no poder, mascarada de socialista, mas que é direita.
E se algém duvida, é ver e ouvir e cruzar, as palavras do ministro António Costa, com as do deputado António Costa há dezassete anos atráz, quando da luta dos "Secos e Molhados".
Quinta-feira, 20 de Abril de 2006

A minha contribuição.