Sem palavras.
Hoje, reservo-vos uma caixinha de surpresas.
Contrariamente ao que vem sendo hábito, hoje, não deixo nenhuma sugestão para comer, antes vou deixar uma ideia para entenderem a razão das receitas que tenho aqui deixado.
Nada melhor que recorrer a um comprovinciano meu, um senhor nestas coisas das comidas, o Alfredo Saramago.
No seu livro, "COZINHA PARA HOMENS", que tem como sub-título, "A HONESTA VOLÚPIA", diz a dado passo:
..."Pra bem entender hoje o verbo comer, junte-se-lhe o conceito de pressa e de ligeiro. Acabou a era do tempo e da tradição. A sociedade mudou a cozinha, por arrastamento, também, quebrando a maioria dos hábitos alimentares e dando lugar a novas práticas de alimentação.
Em 1950 uma dona de casa passava em média, quatro horas a preparar as refeições, hoje não demora mais do que 40 minutos, com a cumplicidade do congelador e do forno micro ondas.
O seu trabalho e outras solicitações substituem o tempo junto do fogão.
A multiplicação de refeições fora de casa, a diferenciação de gostos entre os mais novos e mais velhos, a disparidade de horários dos vários membros do agregado familiar, originaram o desregramento das refeições.
Se nós somos o que comemos, o nosso prato, hoje, é o reflexo de uma sociedade em estilhaços, que procura menos comer que encontrar uma vida facilitada.
E é por essa facilidade que entraram os conceitos de ligeiro, que amparados pela ideia de saúde e bem estar, conquistaram as más consciências de estômagos cheios.
Esta forma de ascetismo alimentar esclarecido originou uma corrida aos produtos de emagrecimento, aos iogurtes de quinta geração, aos legumes já cortados e pré-cozidos, aos alimentos, aos alimentos cozinhados no vácuo ou ainda aos super-congelados. A uma série de sofisticações tecnológicas, lançadas pela industria agro alimentar, que apoiada numa publicidade agressiva, fez esquecer os produtos de primeira qualidade, como os legumes colhidos frescos, ou as carnes à saída do talho."
Por que longa, esta reflexão, já nos deixa atentos para esta publicação, da COLARES EDITORA.
Espero que vos tenha tomado o tempo necessário para pensarmos, um pouco, em tudo o que nos foi lembrado.
Na próxima semana, volto às receitas, hoje, fico-me pela adega...
O conhecimento de uma notícia, trouxe-me à memória, um dos mais importantes episódios, da luta anti-salazarista.
Aproveito para, nestes tempos em que temos um governo, que só se preocupa com ele próprio, esquecendo os que produzem, para lhes retirar, para além das horas dedicadas ao trabalho, os parcos "euros", que auferem, lembrar que, em momentos de crise, há sempre homens como os que, ao tempo, tiveram a ousadia de colocar, nas bocas do Mundo, o que se passava por cá.
Ao reouvir o discurso de Alípio de Freitas, numa das inúmeras comemorações que assinalaram, em 2007, o vigésimo aniversário da sua morte, e, como eu, fui um dos muitos, que estivemos em Setúbal, no seu funeral, não posso deixar de aqui, passados dois anos relembrar, este tão importante, como necessário, testemunho.
A bela cidade de Coimbra, não pára de constiruir notícia, pelas piores razões.
Primeiro a da construção de um viaduto que irá "comer", um bocado do Coupal e que motivou uma manifestação de protesto.
Ontem estava a ver televisão e uma nota de rodapé, que não consegui ler em condições, indicava qualquer coisa em Coimbra.
Hoje, dou com o "gato escondido, com o rabo de fora" ao ler, o Diário Digital,
Depois de saber a condenação do caso "Braga Parques", €5000,00, por corrupção, já nada me admira.
Chamado à razão, volto aqui para lembrar o ZECA AFONSO!
Faço-o de uma outra forma, porque é mesmo uma HOMENAGEM.
Como não podia ficar só pela primeira parte, aceitem o desafio e ouçam a segunda parte da obra.
Ontem, não referi a excelência das fotos que acompanham os vídeos, aos seus autores o meu reconhecimento sincero.
Hoje, senti-me muito dividido, as hipóteses de escolha eram múltiplas mas o apelo da TERRA, foi maior.
Espero que gostem, tanto quanto eu e que, depois do efeito surpresa, fiquem atentos a outras.
Correspondendo à solicitação da Emiéle que por sua vez o fez por sugestão da "Raposinha Matreira", aqui vou eu embalar em verdades e mentiras, que a vida me pergou.
Devo dizer que seria mais fácil contar as mentiras todas, pois que arranjar seis verdades é um grande problema.
- Tinha os meus dezanove anos e fui tirar a carta de condução, meus pais não tinham automóvel mas, mesmo assim só me matriculei na Escola de Condução para obter a licença e fazer o reconhecimento do, possível, percurso do exame, no dia do mesmo. Passei, à primeira!
- Adoro petiscar e deixem-me dizer que cobra frita, é uma maravilha.
- Tive o prazer de ser passageiro, da última viagem do paquete Funchal, antes deste ser vendido para cruzeiros.
- As melhores férias da minha vida, passei-as no mar.
- Se há prazeres que cultivo, um deles é o mergulho de observação, razão principal para a minha vinda para os Açores, que tem um mar excepcional.
- Raptei a minha mulher e o meu filho, poucos dias depois do seu nascimento, na então Rodésia para Moçambique.
- Ao atingir a maioridade, o meu filho André, poderia, legalmente, escolher entre quatro nacionalidades.
- Em jovem, tinha um gosto muito especial, embalsamar, pequenos animais.
- Como caçador que sou, quando estive em Moçambique, tive a sorte de abater um búfalo, durante uma caçada.
Agora é só entrar nelas e desvendar os mistérios. Bem ou mal, cumpri o meu dever, só faltam vocês.
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