As "Cestas de Poesia" desta semana, vira-se para a poesia "Popular" e, por isso vos deixo não um, mas dois exemplos para se divertirem.
Depois deste exemplo, agora um outro, muito mais próximo.
A receita de hoje, é uma sugestão da Maria.
Falou-me de Trás - Os - Montes, do seu Azeite e da sua maravilhosa culinária, por isso aqui vos deixo, não uma mas duas receitas e a razão é, porque se devem servir conjuntamente.
1kg de lombo de vitela
200 gr de presunto
2 dl de azeite
1 cebola
Sal (grosso)
Arranje a carne e corte o presunto em tiras grossas. Ladeie o lombo com o presunto e esfregue-o com sal grosso.
Deixe tomar de sal, cerca de duas horas.
Quando for assar a vitela limpe o sal e leve-a a assar nas brasas ( não havendo brasas, asse o lombo no espeto do fogão ).
Vire-a constantemente e, assim que estiver assada tire-a de imediato e ponha-a num tacho.. Regue com azeite e corte a cebola em rodelas para cima do lombo. Tape o tacho e abafe-o.
Fatie a carne, antes de servir, e regue as fatias com o suco largado.
Sobre as fatias de vitela disponha rodelas de cebola crua.
Acompanhe com "cabaçote guisado", à parte.
Não havendo lombo esta receita pode ser confacçionada com "chã" ou "rabada" de vitela.
1 abóbora com cerca de 1kg (verde)
1 dl de azeite
1 cebola
2 Tomates
1 colher de sopa de farinha
1 colher de sopa de vinagre
Arranje a abóbora cortando-a em fatias. Tire-lhe a casca e as pevides. Em seguida corte-a em quadrados. Cubra o fundo de um tacho com azeite e meia cebola picada. Deixe a cebola cozer e acrescente a abóbora. Tape o tacho e deixe refogar lentamente em lume brando. Se necessário acrescente um pouco de água. Ferve um pouco e adicione os tomates, sem pele nem sementes, reduzidos a puré. Tempere com sal. Quando os legumes estiverem cozidos, engrosse com a farinha desfeita em vinagre. Deixe cozer a farinha.
Se o preparado estiver muito líquido junte pão de trigo partido à mão.
Esta hoje, é sem palavras!
Música: José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos (1929-1987)
Letra: Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira (1922-1959)
Menina dos Olhos Tristes,
O que tanto a faz chorar?
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Senhora de olhos cansados,
Porque a fatiga o tear?
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Vamos, senhor pensativo,
Olhe o cachimbo a apagar,
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
Anda bem triste um amigo,
Uma carta o fez chorar.
O soldadinho não volta
Do outro lado do mar.
A Lua que é viajante,
É que nos pode informar
O soldadinho já volta
Do outro lado do mar.
O soldadinho já volta,
Está quase mesmo a chegar.
Vem numa caixa de pinho.
Desta vez o soldadinho
Nunca mais se faz ao mar.
Mais tarde que o habitual, cá volto com pintura portuguesa.
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Contrariedades
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente; |
Uma homenagem, muito sincera, a Moçambique.
Uma receita das margens do Índico.
Moçambique, "Imbondeiro"
Galinha com Manga
Ingredientes:
* 1 galinha
* 1 cebola
* 3,5 dl de leite completo
* 3 dentes de alho
* 250 grs de polpa de manga cortada aos bocados
* piripiri q.b.
* sal q.b.
* 1 dl de azeite
Confecção:
Num tacho leva-se ao lume a refogar o azeite, a galinha cortada aos bocados, a cebola e os dentes de alho picados.
Quando a galinha perder a cor de crua, adiciona-se o leite e os bocados de manga.
Tempera-se com piripiri e sal.
Tapa-se o tacho e deixa-se cozer.
Sirva acompanhada com arroz.
fonte: Felicia Sampaio - Editora Culinária do Roteiro Gastronómico de Portugal
Sei, que muita gente se vai surpreender.
A música que hoje aqui vos deixo, constitui uma singela homenagem a todos os homens e mulheres que, anonimamente, se vão "entretendo" a fazer aquilo que melhor sabem, CULTURA!
Vivo, numa região em que a cultura das Bandas Filarmónicas, é uma realidade. Não sei se haverá, no todo português, uma tão grande percentagem de Bandas Filarmónicas, mas nos Açores, são uma realidade incontornável.
Não é uma Banda Açoriana, mas a homenagem é total.
Deixo-vos, com a Banda do Samouco.
Pedro Laureano de Mendonça da Silveira (Fajã Grande, 5.9.1922 - Lisboa, 13.4.2003), nascido na freguesia florentina menos distante do continente americano, foi apelidado, com propriedade "o mais ocidental poeta europeu". Afirmou-se, politicamente, anarquista dada a admiração nutrida pelos anarco-sindicalistas terceirenses Jaime Brasil e Aurélio Quintanilha. Toda a vida cultivou estreita relação com a escrita, o que fez dele poeta, investigador histórico e crítico literário, realizando também trabalho sobre a etnografia da ilha das Flores, onde recolheu romances, provérbios, contos e adivinhas, o que lhe permitiu transpor a fala do povo para alguns dos poemas que compôs. Dispersou o seu labor incessante por diversas áreas (P. da S. foi um das formas como assinou), desde logo colaborando na imprensa escrita (insular, continental e estrangeira) entre outras na Seara Nova (a cujo conselho de redacção pertenceu até 1974), na Colóquio-Letras (1973-1991) e na Vértice. Foi no jornal micaelense A Ilha que a partir de 1945, deu a conhecer uma das expressões da cabo-verdianidade (revista Claridade (1936) movimento literário cuja divulgação, em Portugal, muito lhe deve. Entre as décadas de 50 e de 80 do século XX, pelo menos, dedicou-se a traduzir textos de várias áreas temáticas que, por vezes também adaptou, como foi o caso de D. Quixote de la Mancha, da «Biblioteca dos Rapazes». A poesia, contudo, corria-lhe nas veias e, além da obra que legou à posteridade, abalançou-se a verter de várias línguas, tarefa que lhe ocupou perto de três décadas, um total de cerca de 200 poemas de 60 poetas, oriundos de vários países e de diversas épocas, compilados na soberba colectânea Mesa de Amigos que conheceu, até agora, duas edições. O seu "exílio" na capital, teve início, em 1951, mas a ilha e o arquipélago natal eram-lhe inseparáveis e proclamava-o à saciedade. No prefácio à primeira antologia de poetas açorianos que elaborou, com a lucidez que o caracterizava, autonomizava a literatura açorense das restantes literaturas de expressão portuguesa. O rigor e a perfeição eram suas preocupações dominantes tendo sido um dos inspiradores da «Enciclopédia Açoriana», pese embora não ter vivido para a ver concretizada. A generosidade com que partilhava informações e a disponibilidade para encontrar o que parecia inexistente tornou-o inesquecível a quantos o conheceram na Biblioteca Nacional, de onde se reformou em 1992 e à qual doou o seu espólio que ali se encontra ao dispor dos investigadores. Pedro da Silveira, que cursou a Universidade da vida, permanecerá como "um exemplo, sadio e forte, do que é ser-se açoriano no Mundo". Obras de Poesia: A Ilha e o Mundo, 1952; Sinais de Oeste, 1962; Corografias, [1985]; Poemas Ausentes, 1999; Fui ao Mar Buscar Laranjas I, Angra do Heroísmo, 1999 (único volume da sua obra completa publicado) Obras Diversas: Mesa de Amigos, 2.ª edição, 2002 (selecção e tradução); 43 Médicos Poetas (antologia) 1999; Mais alguns romances da Ilha das Flores, 1986; Os últimos luso-brasileiros: sobre a participação de brasileiros nos movimentos literários portugueses do Realismo à dissolução do Simbolismo, 1981; Antologia de poesia açoriana: do século XVIII a 1975, 1977; "Açores", Grande Dicionário de Literatura Portuguesa e de Teoria Literária (coord. João José Cochofel), 1977, 1.º vol.; Miguel de Cervantes Saavedra, D. Quixote de la Mancha, 1966; "Para a história do povoamento das Ilhas das Flores e do Corvo: com três documentos inéditos", Boletim do Núcleo Cultural da Horta, Faial, 2, 1960, pp. 175-198. Biografias: Álamo Oliveira, "Pedro da Silveira (1922-2003) - Um breve perfil", Boletim do Núcleo Cultural da Horta, Faial, 13, 2004, pp. 75-80; Boletim do Núcleo Cultural da Horta, Faial, 15, 2006, pp. 9-116 (toda a Secção Temática). in: "Projecto Vercial"
Hoje, deixo à vossa imaginação o prato a confecçionar.
Deixo-vos, isso sim a Nova Roda dos Alimentos, para que constactem a validade do que até aqui, tenho sugerido.
Conheça o que mudou na nova Roda dos Alimentos e aprenda a comer de uma forma mais variada, equilibrada e completa.
A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar destinado à população em geral. Esta representação gráfica foi concebida para orientar as escolhas e combinações alimentares que devem fazer parte de um dia alimentar saudável.
Utilizada desde 1977, como parte da Campanha de Educação Alimentar “Saber comer é saber viver”, a Roda dos Alimentos sofreu recentemente uma reestruturação, motivada pela evolução dos conhecimentos científicos e pelas alterações nos hábitos alimentares portugueses.
Mantendo o formato circular original, associado ao prato vulgarmente utilizado às refeições, a nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e estabelece porções diárias equivalentes, para além de incluir a água no centro desta nova representação gráfica.
A nova Roda dos Alimentos é composta por sete grupos, com funções e características nutricionais específicas:
Cereais e derivados, tubérculos – 28%
Hortícolas – 23%
Fruta – 20%
Lacticínios – 18%
Carne, pescado e ovos – 5%
Leguminosas – 4%
Gorduras e óleos – 2%
Dentro de cada divisão estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes entre si, para que possam ser regularmente substituídos, assegurando a variedade nutricional e alimentar.
No site da Direcção-Geral da Saúde estão disponíveis mais informações sobre a roda dos alimentos e outras informações sobre alimentação, tais como: as recomendações nutricionais e alimentares para a população portuguesa, princípios para uma alimentação saudável, como diminuir o consumo de gordura, açúcar e sal, e como aumentar o consumo de hortaliças, legumes e frutos.
NOTA: in, gastronomias.com
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