Como sabem, estou de férias mas este facto, não me impede de estar atento e de valorizar o que merece ser valorizado.
Não vou discorrer mais, sobre o filme em causa, soa a falar da própria casa, por isso vou dar a palavra a outros e neste caso particular a uma amiga, a Emiéle do Pópulo, deixando-lhes o texto que dedicou a esta obra, do Zeca Medeiros.
É aquilo a que se chama, um "copy paste" integral, mas, com todo o merecimento. Eu, fiquei sem palavras!!!
Foi graças ao aviso do amigo José Palmeiro, (alentejano mas açoriano por afinidade) que não o deixei passar. A verdade é que, apesar de a rtp2 ser o canal de tv que vejo com mais frequência, mesmo assim não estou atenta a tudo o que por lá passa e acontece arrepender-me ter deixado escapar uma ou outra emissão que era importante ver. Não foi o que aconteceu este Domingo, depois das 10:30. Como estava prevenida, pude assistir ao filme «ANTHERO - O PALÁCIO DA VENTURA» Um filme português. Um filme açoriano. Isto no melhor dos sentidos. Dos Açores nos têm vindo grandes pensadores, escritores, actores, artistas plásticos, poetas, cantores, e até realizadores como se prova com este filme. Reflectir sobre o que foi Antero de Quental, o seu pensamento, a sua vida, a sua obra, a sua morte, era uma grande empresa. A que José de Medeiros e uma bela equipa deitou mãos. Com sucesso inquestionável! A fórmula encontrada foi inteligente: não vimos um «filme histórico-biográfico», nem foi uma fantasia, descobrimos um filme-dentro-do-filme, mostraram-nos como se constrói um filme os seus alicerces, os seus bastidores. Vamos, durante hora e meia, acompanhando uma equipe de tv desde a análise do tema, a discussão de como se vai processar a filmagem, a escolha dos momentos e dos actores, a questão financeira, e vamos apreciando simultâneamente o ‘resultado’ das escolhas que vão sendo feitas. Antero aparece-nos através dos depoimentos dos seus amigos e conhecidos, recolhidos por alguém que lhe quer escrever a biografia, e também por aquilo que vai revelando de si mesmo pelos seus textos e poemas. Antero, já o sabemos é uma personalidade riquíssima, com facetas que como notou António Sérgio no prefácio aos Sonetos, que vão do ‘luminoso’ ao ‘nocturno’ (hoje, talvez se lhe chamasse bipolar...) e isso perpassa em todo o filme. Paixões, verdadeiras paixões e não apenas no sentido amoroso, marcaram-lhe toda a vida. O homem que dá 7 minutos a Deus, durante uma tempestade, para que o fulminasse, mas que também escreve «Na mão de Deus, na sua mão direita / Descansou afinal meu coração» .... E o filme de José de Medeiros consegue dar-nos essa riqueza, essa personalidade fascinante e dividida. Muito bem apoiada a realização por um grupo de actores que se sentia estarem ali de alma e coração, viverem os seus papeis intensamente - para além da sorte (?) do actor-Antero ser, fisicamente, igual à imagem do poeta! Parabéns cinema. Parabéns Açores.
PS - «Mas, excelentíssimo senhor, será possível viver sem ideias? – esta é que é a grande questão» (Antero na 'Questão Coimbrã')... e tão actual!
Foi-me proposto pelo PÓPULO, da Emiéle a entrada neste jogo que teria o seu seguimento se eu conseguisse fazê-lo seguir mas, não vejo como, portanto vou responder e cumprir assim a promessa que deixei.
OS MEUS DEZ CARTÕES
1 -Ratos, de todas as espécies, inclusivé os humanos.
2 - À Federação Portuguesa de Futebol e aos demais dirigentes desportivos que transformaram o desporto num rentável negócio para eles próprios, não curando do melhor que o desporto tem que são os que o praticam.
3 - Vinhos de baixa qualidade. Num país como o nosso com tão bons como diversificados vinhos, consumir-se gato por lebre, mais vulgarmente conhecido por “vinho martelado”, é um desperdício e um incentivo à fraude.
4 - Falando de filmes, se for um terror do tipo do “Psico”, não gosto, adoro! No entanto o terror gratuito, não suporto, já basta o dia a dia. Não gosto, mesmo nada, é de ficção científica, não sou fã.
5 - Às injustiças, a todas as injustiças do Mundo.
6 - Às falsidades, a todas as falsidades do Mundo.
7 - À mediocridade e ao seu fomento.
8 - Ao fingimento e todos os adjectivos congéneres.
9 - À música “pimba” e aos seus cultores.
10 - Ao desamor!!!
Espero ter contribuído, de alguma forma para a continuação da cadeia, no entanto, não deixo de pedir a quem me visitar e se julgue com palavras para dizer e braços para erguer os seus cartões, o faça. Terá toda a liberdade!!!
O escrito da Emiéle sobre os seus ”diabinhos”, lembou-me "os", da “minha rua”. A “minha rua”, é o meu mundo, da mesma forma que a rua de todos, é o mundo de cada um, mas a minha, é especial. Nunca me tinha acontecido, nos muitos sítios por onde andei, mas agora, a “minha rua” tem a particularidade de pertencer a duas freguesias, metade para cada uma mas duma forma especial.
Eu explico, poderia ser a partir de um determinado ponto, começar a ser da outra, mas não, é o todo da rua, pelo tracejado que a divide do princípio ao fim, lado direito para a Fajã de Baixo, lado esquerdo para Rosto de Cão (São Roque), isto no sentido Norte-Sul. Até aqui nada de mal. O problema coloca-se, quando da limpeza da dita, os varredores de cada freguesia, só limpam o “seu” lado. Tudo bem, desde que limpassem ao mesmo tempo, nos mesmos dias, nada disso, cada um limpa quando lhe apetece. Acontece que a rua é toda arborizada com plátanos o que lhe confere um infindável número de folhas caídas, todos os dias, que se espalham pela rua toda. Como é fácil entender, de nada vale limpar de um lado, se o outro não for limpo na mesma altura, o que equivale a dizer que a rua está permanentemente suja e que os quintais e jardins das moradias são, um repositório das folhas que o vento, dispersa a seu belo prazer, por tudo o que é lugar. Daqui resulta que, praticamente, todos os moradores, já apresentaram queixa nas respectivas Juntas, para que se harmonizem e planifiquem uma limpeza eficaz, coisa que, até ao momento, ainda não teve solução. Calhou-me agora a vez, de ser eu a fazer o protesto e o facto é que dois dias depois, dois varredores da Junta do meu lado, apareceram e têm estado a fazer a limpeza TOTAL. Acontece que não possuem, quanto a mim, os instrumentos necessários para uma limpeza conveniente, pelo que, o que limparam de manhã, à tarde já está, de novo sujo, e isto sem ser de “avental”. Agora um pouco mais centrado com a realidade, direi que o principal, são os pólens, que andam no ar e que a deficiente limpeza, fazem proliferar, agravando a susceptilidade para as alergias, o que no caso do meu agregado familiar, é um facto. Estou convencido que um “veículo aspirador” de folhas e de outros detritos urbanos, seria o ideal e custeado pelas duas Juntas, em apreço, não seria demasiado dispendioso e a eficácia, essa seria certamente melhorada.
No início da madrugada, tive o prazer imenso de ver, no canal MEZZO, este surpreendente pianista(?).
Não podia deixar de compartilhar com os meus amigos e "visitadores", o gosto de compartilharem comigo esse momento, daí a sua publicação apesar de eu estar, em FÉRIAS!!!