Para os que não estiveram, apesar de serem ou habitarem em Lisboa e para todos os que lá não vivem.
Como na noite de sexta, tive o privilégio de o ver por cá, no Teatro Micaelense, nada melhor que disso dar notícia, aproveitando este vídeo da SIC, quando da estadia deste Ballet em Lisboa, a 23 de Dezembro, último.
Mario Benedetti nasceu em 1920 em Tacuarembó, Uruguai. Em 1960, com a publicação de La tregua, alcança reconhecimento internacional, com mais de uma centena de edições traduzidas em 19 idiomas e levada ao cinema, ao teatro, ao rádio e à televisão. Em 1973 teve que abandonar o seu país por razões políticas; viveu na Argentina, em Cuba, no Peru e em Espanha. A sua vasta produção literária abrange todos os géneros, incluindo famosas letras de canções. A poesia de Benedetti renova a linguagem dos sentimentos, diz com uma voz original aquilo que todos sentimos. Mario Benedetti faleceu aos 88 anos em Montevideo, no dia 18 de Outubro de 2009
Volto com esta rubrica e com a Cozinha Tradicional dos Açores.
Nada melhor que um CALDO DE PEIXE e, para isso é na Ilha do Pico que ele se nos apresenta como um dos mais requintados e apreciados de todo o arquipélago.
Cá vai:
Caldo de Peixe
AREIA LARGA – PICO
Ingredientes:
Para 20 pessoas
* 6 a 8 kg de peixe de pelo menos 4 espécies (bicuda, sargo, muge, roucas, garoupa, lírio, etc.) ;
* 1 ramo de salsa ;
* 3 folhas de louro ;
* 1 kg de tomate ;
* 7 a 8 cebolas ;
* 10 baga de pimenta-da-jamaica (pau de cravo) ;
* 4 dl de vinho branco ;
* 3 colheres de massa de malagueta ;
* açaflor (açafrão) ;
* vinagre ;
* 1 kg de batatas ;
* 2,5 dl de azeite ;
* sal
* Para o molho cru:
* 1 molho de salsa (muito grande) ;
* 8 a 10 cabeças de alho (com a pele roxa) ;
* 3 colheres de sopa de sal grosso (aprox.) ;
* açaflor ;
* vinagre
Confecção:
Corta-se o peixe em postas grossas e leva-se a cozer em lume brando num tacho com água, a salsa, o louro, o tomate e as cebolas cortadas aos quartos, a pimenta-da-jamaica, o vinho branco, a massa de malagueta, açaflor, vinagre e sal a gosto, o azeite e as batatas cortadas ás rodelas grossas.
À parte cozem-se batatas inteiras descascadas (uma por pessoa).
Num almofariz pisa-se a salsa com os dentes de alho (sem tirar a pele roxa), o sal grosso, açaflor e um pouco de vinagre. Estando tudo em papa, junta-se um pouco de água simples, batendo. Rectifica-se o paladar.
Para servir, põe-se o tacho na mesa e tira-se o peixe para uma travessa. Em cada prato coloca-se um bocadinho de peixe de cada espécie e uma batata inteira. Rega-se com o molho cru (verde). Ao mesmo tempo, serve-se o caldo em tigelas deitando em cada uma colher de molho cru. Come-se o peixe e a batata a mesmo tempo que se vão bebendo golinhos de caldo.
Variante: Há quem junte cominhos no caldo ou no molho. Em Madalena deitam vinho no caldo em vez de molho cru.
fonte: Editorial Verbo
Vale sempre a pena falar nos assuntos.
Aplicando o velho ditado: "ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO DÁ ATÉ QUE FURA!", fui por aqui e noutros lugares, falando nesta ligação aérea ontem saíu, ESTA NOTÍCIA .
A ser assim, abrem-se novas oportunidades e, no meu caso concreto, tenho a vida um pouco mais facilitada.
Espero que resulte, para bem de TODOS!!!
Hoje, não escrevo nada!
Fico aqui, pela minha rua, à espera dos meus amigos e familiares para comemorarmos a passagem de mais um ano.
É bom fazermos anos, faz-nos bem!!!
Apareção!!!
Fico feliz, quando constacto que há quem faça um jornalismo inteligente.
Quando esse jornalismo é dedicado à CULTURA, ainda mais.
Essa é a razão deste escrito de Domingo que, sem mais palavras vos indico.
Comprovem AQUI!
Há dias em que a imaginação, não ajuda.
No entanto há amigos, que nos dão ideias e que nos ajudam a ultrapassar estes momentos críticos.
Hoje, é um desses dias. A situação de catástrofe que se vive, não só no Haiti, mas um pouco por todo o Mundo, parece que houve outro terramoto no Irão, as chuvas, derrocadas e demais desgraças, não nos deram tréguas logo, uma mão amiga apareceu e me deu o mote para publicar uma música, neste dia 17. Foi o CARNE CRUA , a quem desde já endereço os meus agradecimentos, quer pela qualidade da música, como pela originalidade do vídeo.
Tinha, ontem visto a capa do DIÁRIO DOS AÇORES, que mostrava a indignação do presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, pelo que se passou com duas crianças que faziam a viagem entre Faro e S.ta Maria.
Espero que se investigue e se apurem as responsabilidades, dos envolvidos e que este episódio sirva para que se estabeleçam voos que liguem o Algarve aos Açores, sem ter que fazer escala em Lisboa.
Deixo-vos um vídeo em que a mãe das crianças, espelha toda a sua indignação pelo sucedido.
De José Régio, sem mais quaisquer palavras:
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "Vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "Vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "Vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. ...
. ...
. A poesia de Fernando Pess...
. TENTEMOS UM RECOMEÇO, PEL...
. É BOM OUVIRMOS OS "MAIS V...
. MUDANÇAS