Temos hoje a "BRIGADA VICTOR JARA", num registo de 1977, o seu primeiro álbum, "EITO FORA".
Na foto que aparece no vídeo podem ver-se: Jorge Seabra; Arnaldo Carvalho; Ananda Fernandes; Né Ladeiras; Amilcar Cardoso e Manuel Rocha.
Gostaria de vos dar música, mas não, vou deixar-vos com um video diferente.
Sei que já foi falado e mostrado na comunicação social mas, dada a importância e o facto de, ao tempo, se terem feito "orelhas moucas" e de hoje me parecer que se quer trilhar o mesmo caminho, achei por bem trazê-lo, para que os meus visitantes tenham oportunidade de conferir e, depois pedir responsabilidades a quem, hoje, sacode a "água do capote", e só se importa com o facto de haver ou não turismo na Madeira.
Ao mesmo tempo, este testemunho, colocado atempadamente, para evitar não a chuva tempestuosa, mas a catástrofe humana, constitui a minha sincera homenagem ao POVO MADEIRENSE principalmente aos que perderam a vida e aos que viram por água abaixo toda uma vida de trabalho e sacrifício.
Para além da Madeira, onde se atingiram níveis de destruição incalculáveis, também o restante território nacional, tem sido palco de situações inusitadas, que remetem este Inverno para a anormallidade e que nos obriga a repensar a nossa actuação, enquanto utentes deste Planeta.
A ver,AQUI
Os meus parabéns, ao Corrente d' Escritas.
Este evento tem vindo, ano após ano, a merecer a atenção de todos os que se interessam pela CULTURA, razão porque entendo trazê-lo à colacção.
Fotografia de Graça Sarsfield
in Vozes e Olhares no Feminino, Edições Afrontamento, Porto 2001
A grande vencedora, Maria Velho da Costa
Maria Velho da Costa já tinha sido distinguida por “Myra” em Outubro do ano passado com o Prémio de Ficção/Narrativa Pen Clube e o Prémio Máxima de Literatura. “Myra” (ed. Assírio & Alvim, 2008), cujo lançamento interrompeu um longo intervalo de oito anos sem qualquer publicação de um romance pela escritora, conta a história de uma adolescente russa imigrada em Portugal. O porto de partida para a narrativa foi uma história que Maria Velho da Costa contou ao neto sobre uma rapariga imigrante que tem apenas um objectivo: regressar à terra Natal.
Além do Prémio Literário Casino da Póvoa, o Correntes d' Escritas promove, ainda, prémios para jovens dos 15 aos 18 anos, e para escolas e alunos do quarto ano do Ensino Básico. O encontro de literatura de expressão ibérica reúne 66 escritores à volta de nove mesas de debate, seis sessões para escolas e 23 lançamentos de livros.
Sei que estou a escrever no limbo deste dia. De qualquer forma, aqu nos Açores é menos uma hora que no continente, razão porque ainda estou a tempo de dizer o porquê de aqui estar.
Foi à 23 anos, tinha sabido da morte do Zeca e preparávamos a ida para Setubal, onde iria decorrer o funeral, a 24. O que essas horas representaram, ainda hoje não consigo verbalizar, razão porque vou aqui deixar o relato da notícia.
José Afonso morreu no dia 23 de Fevereiro de 1987, no Hospital de Setúbal, às 3 horas da madrugada, vítima de esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada em 1982. O funeral realizou-se no dia seguinte, com mais de 30 mil pessoas, da Escola Secundária de S. Julião para o cemitério da Senhora da Piedade, em Setúbal, onde a urna foi depositada às 17h30 na sepultura 1606 do quadro 19. O funeral demorou duas horas a percorrer 1300 metros. Envolvida por um pano vermelho sem qualquer símbolo, como pedira, a urna foi transportada, entre outros, por Sérgio Godinho, Júlio Pereira, José Mário Branco, Luís Cília, Francisco Fanhais.
Deixo agora algumas reflexões que o Zeca nos legou, importantes neste momento da vida portuguesa
Azeitão 1979-1987
"Curioso é que nós passamos 40 ou 50 anos de uma vida a fazer determinadas coisas e um dia mais ou menos de repente, sem que renunciemos a nada do que fizemos, apercebemo-nos de que tudo deveria ter sido diferente.
É apenas uma vaga sensação que se instala, sem que saibamos defini-la muito bem.
No fundo sou muito mais contraditório e supersticioso do que quis admitir ao longo dos anos."
"Eu sempre disse que a música é comprometida quando o músico, como cidadão é um homem comprometido. Não é o produto saído desse cantor que define o compromisso mas o conjunto de circunstâncias que o envolve com o momento histórico e político que se vive e as pessoas com quem ele priva e com quem ele canta.
"Não me arrependo de nada do que fiz. Mais: eu sou aquilo que fiz. Embora com reservas acreditava o suficiente no que estava a fazer, e isso é o que fica. Quando as pessoas param há como que um pacto implícito com o inimigo, tanto no campo político como no campo estético e cultural. E, por vezes, o inimigo somos nós próprios, a nossa própria consciência e os alibis de que nos servimos para justificar a modorra e o abandono dos campos de luta."
" Admito que a revolução seja uma utopia, mas no meu dia a dia procuro comportar-me como se ela fosse tangível. Continuo a pensar que devemos lutar onde exista opressão, seja a que nível for."
Não podia deixar de falar neste assunto, por muito que me custe.
O que aconteceu, foi de uma gravidade que exige a demonstração de solidariedade, para com um povo que se habituou a viver em condições que, no caso de acontecerem estas situações, ficam completamente à mercê da fúria dos temporais, dado a construção desenfreada, a falta de planeamento urbanistico e outras situações, que o projecta para o perigo e para a MORTE.
Aqui manifesto a minha solidariedade para com o Povo Madeirense, abenegado e trabalhador, que tanto está a sofrer.
De novo, vos trago: - Tom Waits.
Espero que gostem.
Um tema que ainda não foi explorado, as PINTURAS RUPESTRES.
Mais uma vez, trago aqui um poeta português, Nuno Júdice.
Gosto do teu rosto exacto,com o cê bem desenhado,mesmo quando não se vê,para te pôr, como laçonos cabelos, o circunflexoem que nenhum traço há-desair, mesmo que um pactosem cê nem concessão teroube o pê nessa posede pura concepção.
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