Mais uma vez a poesia popular alentejana.
CONGRO FRITO COM MOLHO DE VILÃO
INGREDIENTES
Postas de Congro
Farinha de Trigo
Sal q.b.
Pimenta
Molho
1 colher de sopa de Pimenta da Terra
3 colheres de sopa de Azeite
3 dentes da Alho
1 colher de cha de Pimentão Doce
1 colher de sopa de Vinagre
Um pouco de Água
Um pouco de Pimenta salgada picada
Como Fazer
Tempere o peixe com sal e pimenta.
Escorra bem o peixe e passe por farinha de trigo e reserve.
Numa frigideira coloque todos os ingredientes para o molho e deixe ferver.
Coloque o peixe num prato e deite o molho por cima.
Acompanhe com batata cozida.
Absolutamente, sem palavras!!!
Com nova roupagem, mostro-vos hoje um trabalho de Helena Bracieira, realizado no âmbito da disciplina de História de Arte, na Escola Diogo Gouveia em Beja, dedicado a Almada Negreiros.
Deixem-me chamar, também, a vossa atenção para a música escolhida.
Dando sequência ao meu regresso, volto com poesia popular e, nada melhor que rumar ao Alentejo para, com a ajuda dos alunos da Escola Básica Nº1 de Cano, a quem desde já agradeço, apresentar a poesia de, Aurélio Cardoso Buínho.
Espero que gostem!!!
AURÉLIO CARDOSO BUÍNHO
Embora natural de S. Bento do Cortiço (Estremoz), considera-se um canense de alma e coração e, por isso, ele nos diz numa das suas poesias: «Se algum dia fores ao Cano / À tua frente verás / A minha bandeira içada».
Nasceu em 13 de Junho de 1936, passando desde muito novo a viver no Cano, onde presentemente vive.
Duma forma geral, tem feito todos os trabalhos inerentes à agricultura mas tem-se dedicado mais à pastorícia.
Talvez esta sua ocupação tenha contribuído de forma decisiva para o bucolismo de que estão eivadas algumas das suas poesias. Conta no seu «curriculum» com:
- Um 1º Prémio numa sessão de poesia popular junto ao Padrão da Batalha do Ameixial;
- Um 1º Prémio numa sessão de poesia popular em Santa Vitória.
APRENDE A LER, NÃO DESISTAS
MOTE
APRENDE A LER, NÃO DESISTAS
EMPENHA-TE BEM A FUNDO
FICARAS COM OUTRAS VISTAS
SOBRE A VIDA E SOBRE O MUNDO
I
Saber ler, por que eu entendo
Faz parte da nossa lida
É um pedaço da vida
Que a gente está vivendo
Só tu estás adormecendo
É preciso que resistas
É o saber que tu conquistas
Com a tua habilidade
Mesmo na maioridade
APRENDE A LER, NÃO DESISTAS.
II
Talvez não queiras dar «créto» (1)
E p'ra ti seja indiferente
Mas é menos inteligente
Um homem analfabeto
Por isso aqui te alerto
Sai desse sono profundo
Sai do estado «moribundo»
Toma uma decisão
Aproveita a ocasião
EMPENHA-TE BEM A FUNDO.
III
Já começaste a estudar
Já estás a ser pontuai
Já vais indo menos mal
É preciso continuar
Só assim podes lançar
Teu nome nas grandes listas
Nos jornais e nas revistas
No futuro e no presente
Abre o livro à tua frente
FICARAS COM OUTRAS VISTAS.
IV
Agora já sabes ler
Os sacrifícios foram teus
Dá então graças a Deus
Cumpriste o teu dever
Continua e hás-de ser
Pessoa de grande estudo
De qualquer parte oriundo
E com boas intenções
Homem de largas visões
SOBRE A VIDA E SOBRE O MUNDO.
ANOTAÇÕES:
(1) Créto -- crédito.
Favas Guisadas
Ingredientes:
Para 4 a 6 pessoas
Confecção:
Escolhem-se as favas bem tenras e lavam-se depois de descascadas.
Corta-se o toucinho ás tirinhas e o chouriço ás rodelas e fritam-se num tacho em lume brando. Retiram-se quando tiverem largado bastante gordura.
A esta gordura junta-se o molhinho de coentros ao qual se ataram as duas folhas de alho. Deixa-se fritar um pouco e juntam-se-lhe então as favas. Tapam-se e deixam-se cozer, agitando o tacho e juntando pinguinhos de água à medida que vai sendo necessário para impedir que as favas agarrem ao fundo do tacho e se queimem.
A meio da cozedura das favas, introduz-se novamente o toucinho e o chouriço e deixa-se apurar bem.
Coloca-se numa travessa ou num prato fundo (prato de meia cozinha) o pão cortado ás fatias sobre as quais se deitam as favas.
Acompanha-se com salada de alface cegada, isto é, cortada em caldo-verde e temperada com coentros e hortelã picados, azeite, vinagre, sal e um pouco de água.
Almada Negreiros – A Sesta, 1939 (Carvão sobre papel, 68 x 100 cm)
José de Almada Negreiros ( 1893-1970) , a popularidade de Almada Negreiros virá, em grande parte, da sabedoria com que soube aliar uma profunda compreensão dos valores dos tempos modernos a um apego - manifestado na sua maturidade artística e intelectual - aos valores estéticos e ideológicos da tradição. O artista forma-se á margem do ensino artístico tradicional ( Almada não passa por nenhuma escola de belas-artes) e revela-se, desde 1912, com a presença no I Salão dos Humoristas. A sua actividade criativa passa sobretudo, nessa altura, pela ilustração e pela caricatura, que publica em jornais e em revistas de humor da época. O interesse de Almada pelas artes gráficas estende-se á publicidade, ao cartaz, ás capas de revistas, como a Contemporãnea (1922), e á decoração de interiores. Os seus primeiros quadros são obras de carácter decorativo, que concebe para vários estabelecimentos comerciais de Lisboa, como o conjunto de quatro painéis figurativos que executa, em 1913, para a Alfaiataria Cunha, Brasileira do Chiado, etc... A dança é também uma das suas grandes paixões.Almada experimenta também outros suportes, como a tapeçaria, o azulejo ou o mosaico, regressa ao vitral, com os desenhos para a Igreja Santo Condestável em Lisboa (1951). Do ponto de vista plástico, a obra manter-se-ia sempre alicerçada na persistência do desenho como meio e fim da actividade criadora. Nunca a cor, a matéria pictórica, extravasa os limites impostos pela razão do traço, mesmo quando o artista abraça um maior experimentalismo, informado pela intuição da gramática pós-cubista, com as linhas entrecruzando-se no plano, com os contornos dos corpos resolvidos, sinteticamente, num desenho orgânico próximo da defenição geométrica ( círculos, arcos de círculo, ovais....). As formas da sua predilecção são sobretudo as pessoas - os saltimbancos ( Acrobatas, 1919) e arlequins ( Arlequim e Colombina, 1938). O grande Retrato de Fernando Pessoa (1954), obra emblemática da produção pictórica dos anos 50, foi executado para o restaurante lisboeta Irmãos Unidos.
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