
É já, no próximo dia 30 do corrente mês de Dezembro que, na Livraria SOLMAR às 21:00h, em Ponta Delgada vai ser apresentado o novo CD de Zeca Medeiros.
FADOS, FANTASMAS E FOLIAS, é um CD, duplo, que se faz acompanhar de um pequeno livro com ilustrações também de sua autoria.
Fados, Fantasmas e Folias assinala o regresso do multifacetado artista açoriano, José Medeiros. Autor de todas as músicas, letras e ilustrações deste “livro-disco”, o músico funde e confunde o valor da palavra com a tradição e cultura açoriana, acrescentando-lhe com uma mestria incontornável o tom grave e rouco da sua voz, ora embalador, ora poderosamente desconcertante. Fazem parte do sucessor de «Torna-Viagem» (vencedor do prémio José Afonso), temas como «Camarim – Canção da Timidez», «Piano Abandonado», «O Beijo da Medusa», «Tango da Mulher Camaleão», «A Ilha de Arlequim» ou «Balada da Ilha do Tesouro», reunidos em dois discos. Zeca Medeiros é um artista completo, um embaixador das terras açorianas e a sua música é carismática, repleta de sentimentos precisos, onde impera a melancolia, numa verdadeira festa de emoções. O artista destaca-se pela interpretação intensa dos seus temas, pela sua entrega à arte e vai para além da dictomia da tristeza e da alegria, dos fados e das folias, fala do fantasma da guerra e dos fantasmas do quotidiano, da autenticidade de um artista que já nos habituou a um registo muito próprio, do carisma que caracteriza a sua forma de estar na vida, dos horizontes vastos da cultura tradicional e contemporânea, sem esquecer o drama, presente nos cenários teatrais que cria e recria na sua obra. Mais do que música, José Medeiros faz das palavras verdadeiras armas de pensamento, que fluem nos soberbos arranjos de Paulo Borges, Gil Alves, Carlos Guerreiro («Gaiteiros de Lisboa»), do jovem pianista Jorge Silva e de Manuel Rocha («Brigada Victor Jara»), entre outros. Destaque para a participação de João Afonso no tema «O Movimento da Sombra Chinesa», de Uxia em «Santiago Campo d’Estrelas», de Mariana Abrunheiro em «Sempre Há-de Ficar Uma Semente», do grupo «Moçoilas» em «O Romance do Soldado», de Filipa Pais em «Canção de Embalar (O Feitiço do Vento)» e de Rui Veloso em «Fado Insulano». Do disco fazem ainda parte «A Ilha de Arlequim» e «Balada da Praia do Norte», escritos para o tele-filme «A Ilha de Arlequim».
Estão todos, desde já, convidados a comparecer. Não faltem!!!
Novo CD "Fados, Fantasmas e Folias".
José Medeiros faz das palavras verdadeiras armas de pensamento, que fluem nos soberbos arranjos de Paulo Borges, Gil Alves, Carlos Guerreiro («Gaiteiros de Lisboa»), do jovem pianista Jorge Silva e de Manuel Rocha («Brigada Victor Jara»), entre outros. Destaque para a participação de João Afonso no tema «O Movimento da Sombra Chinesa», de Uxia em «Santiago Campo d'Estrelas», de Mariana Abrunheiro em «Sempre Há-de Ficar Uma Semente», do grupo «Moçoilas» em «O Romance do Soldado», de Filipa Pais em «Canção de Embalar (O Feitiço do Vento)» e de Rui Veloso em «Fado Insulano». Do disco fazem ainda parte «A Ilha de Arlequim» e «Balada da Praia do Norte», escritos para o telefilme «A Ilha de Arlequim». Uma viagem a não perder.Fados, Fantasmas e FoliasLetras e Músicas: José Medeiros; Produção: Eduardo Manuel, João Domingos (ALGARPALCOS) e José Medeiros; Direcção Musical: Paulo Borges; Arranjos: Paulo Borges e José Medeiros excepto "Moby Dick (A canção de Ismael)" e "O Beijo da Medusa" excepto "Camarim (A Canção da Timidez)", "Canção Açoriana (Sapateia, teia, teia)" e "Fado Insulano" ; Gravação: Rui Guerreiro (Vale de Lobos), Raul Resendes e Eduardo Botelho; Misturas: Rui Guerreiro; Masterização: Tó Pinheiro da Silva.
Permitam-me agora que nos detenhamos nas palavras de Urbano Bettencourt, que tão sábiamente soube passar à escrita, a sua visão do Zeca, da sua Arte e da sua Vida, ou melhor dizendo, dos seus Fados, dos seus Fantasmas e das suas Folias.
"Lê-se um título como Fados, Fantasmas e Folias e pensa-se em determinados géneros musicais e no tom que habitualmente lhes anda associado, entre a melancolia e a euforia, o solar e o sombrio. E esta pode ser uma primeira sugestão a ter em conta: partir em busca dos diferentes ritmos e padrões melódicos que José Medeiros convoca e de que se apropria, adaptando-os à circunstância do seu exercício criativo. De resto, essa pluralidade articula-se de modo natural com a dos modelos poéticos, que vão do assumidamente popular ao mais individualizado e pessoal. Independentemente de tudo isso, porém, podemos recuperar para o fados desse título a sua dimensão semântica clássica de fatalidade, um desígnio imposto por uma vontade superior inescapável. Porque há, efectivamente, um destino que se cumpre através desta voz e que sob múltiplas formas e registos se vai sucessivamente desvelando nas canções de José Medeiros. Destino no mar, dir-se-ia numa aproximação ao título de Dinis da Luz. Destino atlântico, acrescentar-se-á para nos darmos conta daquilo que no imaginário de José Medeiros se constitui como a radicação a um espaço e aos seus referentes identificáveis; desse lugar se parte, em resposta ao apelo do outro e da distância e à procura de outros universos humanos, sociais, culturais, que as canções acabam por atestar (aliás, quem se aproximar das criações ficcionais de José Medeiros no teatro, no cinema, poderá verificar que o mesmo se passa aí). Mas poder-se-ia especificar ainda mais este aspecto, falando de um destino insular atlântico, na medida em que uma «condição insular» se exprime tão manifestamente nalgumas das canções, pelas referências geográficas, históricas, que se detectam, por exemplo, na canção «Despe-te que suas», em que a percepção individual do mundo se cruza com as notações do destino colectivo açoriano. E essa mesma condição irrompe de forma tão óbvia quanto surpreendente em «Fado Insulano», um tema sobre a experiência da desterritorialização que, pelos reenvios textuais e pela componente melódica e rítmica, estabelece pontes entre a insularidade açoriana e a cabo-verdiana. É, pois, de viagens que se trata, sejam elas reais ou imaginárias, metáfora de um certo modo de vida marcado pela errância e pela deriva. Parte-se de um facto empírico (vejase por exemplo «Mar da Praia do Norte» ou «Santiago») para se atingir uma dimensão lírica ou crítica (no segundo caso), que é sempre uma forma de questionar o sentido das coisas e da vida. Mas isto não esgota os registos deste trabalho de José Medeiros, como o próprio título já indicia: estão aí as folias, o tom clownesco de certos momentos, o divertimento em tom irónico, distanciado, do «Tango do Eden Cabaret», na linha do exigido pela sua contextualização na peça teatral «O Sorriso da Lua nas Criptomérias». E estão ainda os fantasmas que vêm assombrando a obra musical e ficcional, de José Medeiros, entre eles o da guerra, na sua designação abstracta ou na particularização de África, como experiência da geração a que pertence o autor. E, depois, há sobre tudo isto a voz dramática de José Medeiros, dramática no sentido teatral do termo, de uma dicção que reflecte a própria experiência de representação do cantor e que alia ao timbre grave um intuito de fala para o outro, mesmo quando o actor se encontra sozinho na cena da canção, sem mais acompanhantes vocais.
Boa viagem, pois, a quem chegar e aceitar o convite de "Zeca" Medeiros."
Meus amigos, a ausência tem sido longa e a desabituação tem aumentado, tanto a minha como a vossa.
Não vos culpo de nada eu, sou o principal culpado da situação mas cá estou na esperança de recuperar os créditos que, porventura, já teria alcançado.
Deixo-vos com a música e as palavras de José Afonso, pela voz de Sérgio Godinho.
Espero que seja do vosso agrado.
Escutemos as palavras de Neruda pela voz de Jak Madruga!
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