Esta é uma resposta em forma de "post", a uma corrente que a Emiéle, me fez, tal como a um conjunto de seus amigos.
Se bem me lembro, (Vitorino Nemésio), estava em Moçambique, para onde tinha ido, com um contrato de cinco anos, depois de ter passado à disponibilidade . Trabalhava no BNU e tinha um hobby, no Rádio Club de Moçambique, emissor Regional de Vila Pery.
Naquela altura, premonitóriamente, estava na zona a Companhia de Teatro de Cascais, do Carlos Avilez com uma peça de Lope de Vega, "FUENTE OVEJUNA"
No dia 24 de Abril, vimo-la em Vila Pery, actual Chimoio e no 25 de Abril, fomos vê-la, à cidade da Beira.
Mais tarde, sei que a peça fez carreira em Lisboa, como poderão ver, AQUI.
De
Emiéle a 5 de Maio de 2009 às 08:19
Meu amigo, sou uma ingrata, respondeste ao meu convite (só tu e a «raposinha», mas não faz mal; eu já sei que a Isabel nunca entra nestas coisas...) e nem vim aqui dizer nada. tenho andado demasiado ocupada, mas isto já está a acabar!
É curioso afinal lembrares-te do que se passou. A maioria das pessoas não faz já a menor ideia...
Imagino que então numa terra dessas a coisa parecesse ainda mais extraordinária. Eu, no dia 26 enviei um telegrama a uma prima-irmã que estava refugiada na Venezuela que dizia apenas «É VERDADE! PODES ACREDITAR»
Onde isso vai...
Felismente que me lembro e de que maneira.
De qualquer forma era impossível não lembrar, uma peça daquelas, na véspera e no dia, era impossível, não lembrar. Depois a minha ida para Moçambique e as razões que me levaram a ir, a minha mulher grávida do nosso segundo filho, que viria a nascer am Agosto de 1974, constituiam um somatório de situações e realidades, que só a morte fará desaparecer.
A somar a tudo isso, a felicidade de sabermos que o pé se tinha tirado de cima, que éramos senhores do nosso destino, bem patente no telegrama que mandaste à tua prima.
..." Onde é que isso, já vai...", tens toda a razão.
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