Tenho seguido um critério que inclúi para além dos nomes maiores da Poesia Lusófona, a poesia dos Poetas Populares, tantas vezes incompreendidos e de outros, que apesar de menos conhecidos, não deixam de ter um lugar de destaque nas letras da lusofonia.
Aqui se insere o poema que hoje aqui deixo e que nos remete para o,ALENTEJANANDO. e para o seu Mentor.
Fumo vagarosamente a noite
Quatro e trinta da madrugada.
Fumo vagarosamente a noite.
Aclara-me a mente,
uma luz crua e expurgada.
Com o benigno e o maligno da vida desenhado límpido na sombra.
Como se o recorte da silhueta fosse o repositório de todo o meu passado.
E, só agora reparo,
como o sombreado
é um criterioso arquivo do caminho andado,
num galope desenfreado.
Isidoro de Machede
De Anónimo a 26 de Março de 2010 às 12:29
ola. de novo.
hoje tenho tempo, para visitar " a sesta".
eu gosto de poetas populares, assim como os poetas de intervenção, mas isso já o sabias, não é?
esse não conhecia, e é sempre bom receber informação.
por exemplo, gosto muito da poesia do nosso poeta algarvio.
diziam muitas vezes que era analfabeto, mas quem dera a muito culto ter a sabedoria que o nosso querido António Aleixo, nos deixou.
versos, poesias, que fanhais entre outros musicou e cantou, e que eu gosto de cantar e por vezes assassinar,mas com boas intenções.
até loguito.
bj
silvya
Sim o António Aleixo é um dos grandes poetas populares portugueses e já lhe tenho, nestas páginas, dado o devido relevo, mas há outros, menos conhecidos e também com imenso valor. O "Isidoro", não será bem um poeta popular, antes alguém, bastante instruído e que faz da escrita u dos seus melhores hobies. Já agora, não deixes de ver e ouvir o vídeo do Oswaldo Montenegro e depois gostava de saber a tua opinião.
De Anónimo a 26 de Março de 2010 às 20:16
sim, vou ouvir com atenção.
este fim de semana vou ter tempo para pôr a "sesta " em dia.
de certeza que vou gostar.
não sei se te agradeci, o poema que me dedicaste no outro dia.se não agradeci naquele momento, agradeço agora, senão fica um duplo agradecimento
bj
silvya
Cá fico a aguardar.
Quanto ao poema, achei que valia a pena!!!
Muito, muito interessante. Nota-se à distância que não é um poeta popular, muito embora o Joaquim Pulga possa ser considerado um poeta do e para o povo.
Essa do Machede " tem a ver com a freguesia de Estremoz, não tem?
Tens toda a razão na apreciação que fazes do Joaquim Pulga, que tem um blog, que irás gostar de acompanhar.
No que respeita ao que perguntas sobre "Machede", devo informar que não é uma mas duas freguesias do concelho de Évora e é assim: "Nossa Senhora de Machede", mais perto de Évora e "São Miguel de Machede", já a caminho do Redondo. O Izidoro é da primeira.
De
Emiéle a 29 de Março de 2010 às 19:36
As tuas cestas são sempre de vir espreitar e saborear.
Não conhecia de todo o poeta que citas e tem sido um bom serviço público os poemas que aqui tens deixado.
Ainda hoje tinha pensado para comigo: "Que será feito da Emiéle?"
Fico feliz por saber a tua opinião, que muito considero.
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