BICHO DA TERRA
É quando estás de joelhos
que és toda bicho da Terra
toda fulgente de pêlos
toda brotada das trevas
toda pesada nos beiços
de um barro que nunca seca
nem no cântico dos seios
nem no soluço das paernas
toda raízes nos dedos
nas unhas toda silvestre
nos olhos toda nascente
no ventre toda floresta
em tudo toda segredo
se de joelhos me entregas
todos os frutos da Terra
David Mourão-Ferreira
De
Cereja a 23 de Outubro de 2013 às 08:29
Salvé o retorno à blogosfera.
As nossas ausências têm um efeito perverso, eu sei por experiência própria: quando começamos a escrever aqui menos as visitas desabituam-se de passar por cá...
E tinha-me passado desapercebido este belo poema do David.
Mas mais vale tarde do que nunca! Um abraço
De Anónimo a 13 de Junho de 2014 às 15:42
boa tarde é armando facadinhas câmara municipal de Estremoz novidades
Meu caro Armando, é com todo o gosto que te vejo por aqui.
Este blog, se bem que activo está mais ou menos em banho maria pelo que, só raramente por aqui apareço.
Ainda bem que hoje o fiz e que tive notícias tuas. Podes encontrar-me também no Facebook em José Palmeiro.
Abarço e votos de que tudo esteja bem, contigo e com os teus.
Meu caro Armando Facadinhas, só hoje dei pelo teu "comentário".
Não tenho andado por aqui ando mais no facebook.
Está tudo bem felizmente.
E tu e a família, como vai?
Um abraço.
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