Quarta-feira, 21 de Março de 2007
Hoje é dia de inundarmos de poesia, os nossos corações, aqui deixo a minha cota parte. ÚLTIMA PÁGINA Vou deixar este livro. Adeus. Aqui morei nas ruas infinitas. Adeus meu bairro página branca onde morri onde nasci algumas vezes. Adeus palavras combóios adeus navio. De ti povo não me despeço. Vou contigo. Adeus meu bairro versos ventos. Não voltarei a Nambuangongo onde tu meu amor não viste nada. Adeus camaradas dos campos de batalha. Parto sem ti Pedro Soldado. Tu Rapariga do País de Abril tu vens comigo. Não te esqueças da primavera. Vamos soltar a primavera no País de Abril. Livro: meu suor meu sangue aqui te deixo no cimo da pátria. Meto a viola debaixo do braço e viro a página. Adeus. Manuel Alegre in "Praça da Canção" ed. Centelha/Coimbra, 1975
Bom que tivesses gostado, quanto ao autor, divido muito bem as partes, para mim é o poeta! Quanto ao político, apesar de não ser dos meus é melhor que os outros, que andam lá pelo partido socrático.
Comentar: