Escreve a Emiéle, no Pópulo, sobre o facto de estarmos, nós portugueses, de Mértola, selecionados para um prémio da ONU, com as Unidades Móveis de Saúde. Nada mais agradável e de saudar.
Inexorávelmente, veio-me à memória as BIBLIOTECAS ITINERANTES da Fundação Calouste Gulbenkian.

Obra de inestimável valor, a que nunca foi dado o relevo e a importância que tiveram e ainda têm, apesar de já não rodarem por aí, por este Portugal. Têm porque,muitos ainda há que delas tiraram proveito e estímulo para vidas mais relevantes e maior compreenção do Mundo e das Coisas.
Foi em 1958 que o então presidente Dr. Azeredo Perdigão, no acto inaugural do serviço de Bibliotecas Itinerantes, no Largo de Camões, em Lisboa, afirmou:
" É preciso ler sempre, e regularmente; mas, para que o povo leia, torna-se indispensável, não só despertar e manter nele o gosto pela leitura, mas também facilitar-lhe os meios de o satisfazer.
Quando o homem não procura o livro, ou porque não tem condições financeiras para o comprar, ou porque habita longe dos centros populacionais onde mais facilmente o poderia adquirir, ou porque ignora, até, a existência dos que melhor satisfariam as suas necessidades profissionais, espirituais ou recreativas, quando o homem, por qualquer motivo, não se interessa pelo livro e não busca a sua convivência, o livro tem de procurar o homem, para o servir, quer instruindo-o, quer recreando-o. "
Foram estas as doutas palavras, que originaram o aparecimento dessa prestimosa organização.
E isto, também é essencial à SAÚDE!