Quarta-feira, 7 de Junho de 2006
Há coisas que só passando-se connosco, acreditamos.
Recebi um telefonema da farmácia onde sou cliente habitual.
Solicitavam-me que eu esclarece-se qual a especialidade de uma determinada médica, que me tinha passado uma receita, dum determinado medicamento, receita essa que a distintíssima ARS de Évora, havia devolvido por não constar, a especialidade do clínico.
Ora acontece que eu sou desde há seis anos, doente do Instituto Português de Oncologia e detentor de um Linfoma, o que me obriga a visitas regulares ao referido Instituto, e à médica que me tratou e trata, com o maior profissionalismo e competência, aliás como todos os serviços do IPO.
Como a sorte protege os audazes, há dois anos tive um AVC, resultante de uma tensão arterial alta, e que me atirou para uma cama do Hospital Distrital de Évora, onde fui extraordinariamente bem tratado, ficando com o senão de ter de tomar (sempre) medicamentos para a Tensão.
Sucede que, numa das últimas consultas que tive no IPO, em que se verificou que tudo estava em forma, solicitei à minha médica que me passasse uma receita duns comprimidos para a tensão arterial, o que ela fez, pois conhece o meu caso melhor que ninguém. A receita foi passada em impresso do IPO, devidamente selado com as vinhetas do instituto e do clínico.
Pois bem, a ARS-Sul desconfia e manda a receita devolvida para a farmácia, a farmácia telefona-me para eu deslindar o acontecido e informar a especialidade do clínico, e eu, aguardo que as minhas razões sejam aceites, para não ter que pagar, por inteiro, um medicamento que me é vital.
Mas que grande MERDA!
Julgará o Ministro que nos transforma em PIDES?
Ou virá a polícia buscar-me como ao energumeno dos nazis, que ontem foi preso?
Sinto-me completamente atordoado, acorda POVO, ACORDA!